O menino é morador de São Jeronimo da Serra e está em isolamento em unidade hospitalar

Um menino de 11 anos está internado em situação de isolamento na Santa Casa de Misericórdia de Cornélio Procópio com suspeita de ter contraído a varíola do macaco. A criança está em companhia dos pais e o estado de saúde é estável. De acordo com a equipe médica que cuida do caso, os exames foram colhidos para que o diagnóstico seja fechado. Não está descartada que possa ser uma reação alérgica.

Desde que surgiu a doença no país, já foram contabilizados no Brasil quase dois mil casos da MPX (monkeypox) ou varíola do macaco. Segundo o boletim do Ministério da Saúde, São Paulo concentra a maioria das infecções (1.298), sendo mais de mil casos somente na capital. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (190) e Minas Gerais (75), locais onde as capitais também já têm transmissão comunitária, assim como a cidade de São Paulo. As outras unidades da federação com casos confirmados são: Distrito Federal: 37; Goiás: 35; Paraná: 30; Rio Grande do Sul: 12; Bahia: 11; Pernambuco: 7 Santa Catarina: 7; Mato Grosso do Sul: 5; Ceará: 4; Amazonas: 3; Rio Grande do Norte: 2;Espírito Santo: 2;Tocantins: 1;Acre: 1 e Pará: 1.

SINTOMAS DA VARÍOLA DOS MACACOS – A OMS explica que o período de incubação (o tempo entre o vírus invadir as células e o aparecimento dos primeiros sintomas) costuma variar de 6 a 13 dias, mas pode chegar até a 21 dias. A partir do início dos sintomas, a infecção pode ser dividida em dois momentos.

Primeiro, acontece o período de invasão, que dura até 5 dias. Neste momento, o paciente pode apresentar: febre; dor de cabeça forte; inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como ‘íngua’); dor nas costas; dores musculares; falta de energia intensa.

Terminado o período de invasão, começa a segunda etapa, que é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas marcas cutâneas surgem depois de 1 a 3 dias do início da febre. As feridas costumam se concentrar no rosto, nas extremidades do corpo, como a palma das mãos e na sola dos pés, na mucosa da boca, na genitália e nos olhos. Mas o paciente pode ter apenas uma vermelhidão na pele que se assemelha a uma irritação.

PREVENÇÃO AS GRAVIDAS – O Ministério da Saúde emitiu esta semana uma nota técnica na qual recomenda o uso de máscaras para mulheres grávidas, lactantes e com bebês recém-nascidos para prevenção contra a varíola dos macacos. O documento orienta que esse grupo deve usar preservativos em qualquer tipo de contato sexual – principal meio de transmissão da doença. “Considerando o rápido aumento do número de casos de MPX (monkeypox) no Brasil e no mundo, associado à transmissão por contato direto e, eventualmente, por via aérea, recomenda-se que as gestantes, puérperas e lactantes: mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus; usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente”, ressalta o documento.

As recomendações do Ministério da Saúde alertam que o quadro clínico de gestantes tem características similares ao de outras pessoas. Entretanto, nesse grupo, a gravidade da doença pode ser maior. Além das grávidas, crianças com menos de 8 anos e imunossuprimidos integram o grupo de risco para a varíola dos macacos. Por isso, segundo o documento, os laboratórios devem priorizar o diagnóstico dessas pessoas, ‘visto que complicações oculares, encefalite e óbito são mais frequentes’.

Segundo a nota técnica, gestantes, puérperas e lactantes devem se manter afastadas de pessoas que apresentem febre e lesões cutâneas. Em casos de sintomas suspeitos, elas devem procurar ajuda médica. Para pacientes sintomáticos, a recomendação é manter isolamento por 21 dias e monitorar os sinais da doença. Caso persistam, a orientação é repetir o teste.

Nos casos de gestantes com quadro moderado ou grave de varíola dos macacos, o Ministério da Saúde recomenda que elas sejam hospitalizadas, ‘levando em consideração maior risco’.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui