O mundo é vasto para quem tem sede de informação e parece cada vez maior à medida em que nos aprimoramos através de novas experiências. Quanto mais aprendemos, mais constatamos que ainda temos muito a aprender. A sabedoria está em saber onde está a fonte do conhecimento para dela beber sem piedade.
No caso da produtora rural Maria Saggin Basso, de Capanema, Sudoeste do Paraná, essa jornada está em pleno desenvolvimento. Quando a reportagem do Boletim Informativo entrou em contato com ela, recentemente havia concluído o curso de Oratória do SENAR-PR. Essa foi a décima formação finalizada por ela, que não tem intenção de parar por aí. Aos 66 anos e com muita energia, ela encara os treinamentos da entidade como uma oportunidade de crescer e se aprimorar como pessoa. “Às vezes, só de ir lá, poder encontrar as pessoas e ouvir o testemunho de alguém, vale todo curso”, comenta.
Dentre os títulos que mais marcaram sua história está o Mulher Atual, que busca desenvolver junto ao público feminino do campo valores como autoconhecimento e empreendedorismo, para que sejam mais atuantes na vida pessoal, familiar, profissional e social. “Foi muito bom para mim. A gente vê muitas mulheres que precisam sair de casa, precisam se abrir para o mundo e esse curso proporciona exatamente isso. A gente aprende a dar valor para nós mesmas, vemos que podemos fazer várias coisas e não só dentro de casa”, aponta.
Outros cursos feitos por ela vão desde a produção de alimentos até a informática, mas uma das formações que teve maior impacto na sua história foi o Programa Empreendedor Rural (PER). Essa iniciativa tem como objetivo preparar os participantes para colocar em prática um empreendimento rural, tirando sonhos do papel a partir de pesquisa de mercado, definição de estratégias, análise de custos e outras ferramentas que podem fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empreitada. “Estávamos pensando em vender a propriedade, estava muito difícil, faltava mão-de-obra. No curso vimos que a terra nunca desvaloriza. Várias pessoas queriam comprar as nossas terras, mas aí optamos por não vender”, compartilha a produtora rural Maria Saggin Basso, de Capanema.
Quando fez o PER na companhia do marido, em 2016, o projeto desenvolvido por eles tinha como objetivo melhorar a renda da produção de grãos, mas o casal estava desanimado. “Estávamos pensando em vender a propriedade, estava muito difícil, faltava mão-de-obra”, recorda. Porém, ao participar das aulas eles logo desistiram dessa ideia. “No curso vimos que a terra nunca desvaloriza. Várias pessoas queriam comprar as nossas terras, mas aí optamos por não vender”, conta Maria. “Ainda mais algo que foi conquistado com tanto sacrifício”, pondera.
O casal de produtores não faz parte do time daqueles que herdaram as terras da família. Tudo teve que ser conquistado. “Com 18 anos meu esposo [hoje com 71 anos] foi trabalhar no Mato Grosso, conseguiram arrendar umas terras para plantar e aos pouquinhos foi comprando. Aí nos casamos e decidimos voltar para o Paraná, vendemos lá e compramos aqui”, conta Maria. “É por isso que depois que fizemos o PER dissemos que jamais venderíamos nossa propriedade!”, reforça. (Assessoria FAEP)