Nesta quinta-feira (9), a Assessoria de Responsabilidade Social da Itaipu lança o documentário ‘Mulheres Indígenas da BR-277 – Um singelo olhar sobre as mulheres indígenas que vivem às margens da rodovia BR-277’, no Centro de Recepção de Visitantes (CRV), da usina de Itaipu. O convite é aberto para toda a comunidade de Foz do Iguaçu e região.
A inscrição para a exibição é gratuita e deve ser feita pelo link https://forms.office.com/r/PSLACW2dD9. As vagas são limitadas. O evento contará com a presença da equipe e de algumas entrevistadas. A direção é das jovens Taylla Sirino e Hermínia Motta, das etnias guarani e kaingang, respectivamente. O roteiro é da cineasta e atual reitora da Unespar, Salete Machado.
O filme tem como proposta dar voz às mulheres indígenas que vivem às margens da rodovia BR-277, uma via transversal que atravessa o Estado do Paraná de ponta a ponta. O documentário contribui para uma reflexão sobre a condição de abandono e invisibilidade dos povos originários.
PAUTA PRIORITÁRIA DE ITAIPU – A reparação aos povos originários é uma das principais pautas da nova gestão de Itaipu, em consonância com as diretrizes do governo do presidente Lula.
Itaipu tem ampliado suas ações para a melhorar as condições de vida dessas populações em toda a região Oeste, ao mesmo tempo em que promove a sustentabilidade das três comunidades indígenas dentro da área de influência da usina: Tekoha Ocoy, em São Miguel do Iguaçu, e Tekoha Añetete e Tekoha Itamarã, em Diamante D’Oeste.
Juntas, essas três aldeias abrigam cerca de 340 famílias e mais de 1,5 mil indígenas. As ações são implantadas por meio de convênios com as prefeituras municipais de Diamante d’Oeste e São Miguel do Iguaçu e com as Associações de Pais, Mestres e Funcionários (APMFs) dos colégios indígenas. O trabalho é desenvolvido pela Divisão de Ação Ambiental (MAPA.CD).
INSPIRAÇÃO – A ideia de realizar o filme surgiu a partir de inúmeras viagens que a cineasta Salete Machado fez pela região. Nessas ocasiões, ela observou o grande número de mulheres indígenas à beira da estrada, às margens das reservas onde elas habitam. São mulheres que sobrevivem da venda de artesanato.
Para o roteiro, a cineasta conheceu mais a fundo as duras questões de sobrevivência que afetam a população indígena do Estado, notadamente as mulheres que encontram no artesanato uma maneira de manter vivas suas tradições culturais e gerar renda para suas famílias.
As diretoras traduziram o roteiro numa série de entrevistas. Nelas, é possível conhecer a batalha diária dessas mulheres que, além de realizar seu trabalho como artesãs, ainda têm que dar conta de seus compromissos com o cuidado de suas famílias e de seus lares.
Imagens expressivas captadas pela câmera de Alisson Prodlik registram a realidade das regiões filmadas e revelam com riqueza de detalhes a beleza da arte ancestral do artesanato indígena.
O filme nos aproxima da luta cotidiana destas mulheres, desde a busca pela matéria-prima até a venda destes artefatos culturais à beira da BR-277, em condições precárias e perigosas. (Assessoria)