Até o início da tarde desta sexta-feira (23), o pedágio de Jacarezinho, administrada pela Econorte, estava funcionando normalmente

 

A Justiça Federal emitiu liminar provisória na quinta-feira (22) determinando a abertura das cancelas e a redução em 26,75% sobre o valor cobrado da praça do pedágio em Jacarezinho. O documento foi expedido e assinado pelo juiz federal Rogerio Cangussu Dantas Cachichi, da 1ª Vara Federal de Jacarezinho, que também designou a retomada do cronograma de obras da concessão, firmado entre o Governo do Estado e a Triunfo Econorte, além do bloqueio de mais de R$ 1 bilhão nas contas do grupo que controla a concessionária. A liminar foi pedida pelo MPF (Ministério Público Federal) e determina ainda a imediata desinstalação da praça de pedágio da Econorte em Jacarezinho. As empresas do grupo são suspeitas de corrupção em esquema investigado pelas operações Integração I e II, fases 48 e 55 da Operação Lava Jato.

Em contato com assessoria de imprensa, a concessionária afirma que ainda não foi intimada. O jornal Folha do Norte recebeu a seguinte nota oficial da empresa: “A decisão noticiada pela imprensa foi proferida sem que fosse dada oportunidade de prévia manifestação da Concessionária, que ainda não foi intimada da decisão ou citada na Ação Civil Pública. A Companhia destaca que a Praça de Pedágio de Jacarezinho continua em operação normalmente e, assim que tomar conhecimento da decisão, adotará todas as medidas legais e judiciais cabíveis”.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA – A Ação Civil Pública proposta pelo MPF em 7 de novembro decorreu do esquema criminoso identificado nas investigações da Operação Integração I, deflagrada em fevereiro deste ano. A operação, que teve como foco irregularidades na Econorte, prendeu o ex-diretor do DER (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) Nelson Leal Júnior e o ex-diretor da Econorte, Hélio Ogama. Os dois afirmaram, em delação premiada, que havia pagamento de propinas durante a elaboração de aditivos de contratos das concessões.

As investigações apuram a prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato envolvendo os procedimentos de concessão de rodovias federais do Paraná que fazem parte do Anel de Integração.

A operação foi, inicialmente, deflagrada no âmbito da Operação Lava Jato. No entanto, o então juiz federal Sérgio Moro abriu mão do processo argumentando que a ação não tinha qualquer ligação com os casos de corrupção na Petrobras. A ação penal decorrente da primeira etapa da Integraçpão foi assumida pelo juiz Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba. (Com informações do G1).

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