O jornal Folha do Norte, recentemente, visitou a Associação Bandeirantense de Karatê para conversar com o professor Laércio Biano, responsável pelas aulas na instituição, que agora estão sendo realizadas no anexo ao lado do Ginásio de Esportes 14 de Novembro, o Chinelão. Em um ambiente acolhedor e dinâmico, o professor já se posicionava junto de a um dos grupos de alunos que frequenta as aulas que são ministradas todas as segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 18h30min.
Ao receber a nossa equipe de reportagem, o professor Biano falou com entusiasmo e compartilhar sua paixão pela arte marcial, tanto foi na entrevista para o canal do Youtube Folha do Norte na Web como para o impresso/redes sociais da Folha do Norte.
A HISTÓRIA E SIGNIFICADO DO KARATÊ – “O Karatê surgiu no Japão, em uma época em que o uso de armas era proibido”, explicou o professor Laércio. “As pessoas, então, começaram a usar ferramentas do cotidiano para se defender, o que gradualmente evoluiu para a prática com as mãos e pés, formando o que conhecemos hoje como Karatê. No entanto, as raízes dessa arte marcial estão na Índia”, mencionou e ressaltou que a atividade tem como característica de defesa pessoal. “O karatê é defesa pessoal pura, pois não utilizamos nenhum tipo de arma, apenas as mãos e os pés. Além disso, treinamos paciência, autocontrole e técnicas para manter a calma em situações inesperadas”, elencou sobre a influência da prática sobre o estado psicológico e emocional da pessoa.
FUNDAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO – Questionado sobre a criação da Associação Bandeirantense de Karatê, o professor Laércio relatou que tudo começou de forma despretensiosa. “Inicialmente, começamos a treinar juntos e a ideia de formar uma associação surgiu para nos alinharmos com outras instituições. Hoje, temos cerca de 30 alunos, com uma média de 24 a 25 participantes por treino”, destacou e informou que os treinos ocorrem sempre no período noturnos das 18h30 às 19h30 para crianças e, a partir das 19h30 para adultos, às segundas, quartas e sextas-feiras. “Não há muita burocracia para participar e nem limite de idade, basta vir e falar conosco nestes horários”, convidou.
DEPOIMENTOS DOS ALUNOS – Lucas, 24 anos, compartilhou sua experiência: “Eu comecei há dois anos, e tem me ajudado muito, inclusive com problemas de sono”, relatou. Já outro aluno, Walter, de 12 anos, disse: “Eu comecei a praticar karatê por incentivo de um amigo e, mesmo um ano depois, continuo firme nos treinos”.
Mauro, um dos primeiros alunos, destacou que já praticava karatê em São Paulo antes de se juntar à associação. “Como já tinha noção, não tive qualquer dificuldade nos movimentos”, declarou. Já a aluna Simone, que iniciou seus dois filhos no karatê (ambos não continuaram), acabou se apaixonando pela prática e agora coleciona medalhas em campeonatos regionais.
BENEFÍCIOS PARA A TERCEIRA IDADE – Outros alunos que fazem o karatê são da terceira idade. “Por isso disse que não há limitações no fator idade, é claro que, se houver algum outro motivo de saúde que não possa executar os movimentos, esta não é a melhor atividade. Contudo, vale ressaltar que não houve nenhum incidente nos treinos ou nos torneios”, esclareceu professor Biano.
Quem conta sobre os benefícios da arte dos pés e mãos, é dona Iolanda, 63 anos, e dona Luzia, 72 anos, ambas são exemplos inspiradores de como o karatê pode melhorar a qualidade de vida na terceira idade. Dona Iolanda relatou que suas condições de saúde melhoraram significativamente após iniciar as aulas. “Antes, eu sofria com pressão alta (hipertensão) e diabetes, e desde então não tomo mais remédios”, disse feliz. Dona Luzia também compartilhou sua história que é semelhante da amiga, que aliás, as duas iniciaram juntas os treinos na associação. “Eu tinha muitas dores no corpo e não conseguia dormir, mas desde que comecei a praticar karatê, me sinto muito melhor. Durmo muito bem”, sorriu.
Ao final da visita, o professor Laércio agradeceu a presença da Folha do Norte e o apoio dos alunos e da municipalidade (prefeitura). “A Associação Bandeirantense de Karatê continua a crescer, proporcionando um espaço de aprendizado, saúde e bem-estar para pessoas de todas as idades”, encerrou.