Saldo bancário encontrado foi de R$ 11 mil
A nova gestão da Prefeitura de Itambaracá, tendo como a chefe no Poder Executivo a prefeita Mônica Zambon Holzmann e ao lado o vice-prefeito Marcus Vinicius Andrade, assumiu a administração municipal no último dia 01. Dentre uma das primeiras ações realizadas na primeira semana de atividades foi o levantamento dos débitos do Município que, segundo a prefeita, atingiram os valores aproximados em R$ 3,1 milhões. De acordo com Mônica, os débitos envolvem diversos empenhos de fornecedores, certidões, recolhimento de INSS à pagar, entre outros.
“São pendências de projetos e obras que estão em andamento, outras que já foram feitas, ou seja, dispêndios que vão fazer parte da nossa gestão, como asfalto, implantação de LED que já está encaminhada. Enfim, as contas estão aí e terei que pagar. E com R$ 11 mil em caixa e R$ 3,1 milhões em débito é algo muito desproporcional, muito louco, para a realidade do Município”, comentou. Entretanto, apesar de considerar, à primeira vista, a situação difícil e desafiador por conta do desequilíbrio financeiro, Mônica disse é possível realinhar e reajustar o sistema organizacional e fazendário da municipalidade. “Reconheço que esperava dificuldades sim, e que talvez para outros gestores vejam isso como um cenário normal, mas como venho do setor privado e é muito diferente do setor público, encaro a situação da Prefeitura realmente como um imenso desafio. Dentro da legislação que nos compete faremos de tudo para colocar em ordem, e peço também paciência da população, pois estamos trabalhando mesmo antes do dia da posse, com objetivo de realizar e alavancar as melhorias necessárias para dar mais qualidade de vida e dignidade às pessoas”, destacou e avaliou que a maior dificuldade que observou nos primeiros dias foi que a maioria dos convênios e contratos venceram no dia 31 de dezembro. “Entramos aqui e constatamos que realmente não havia nada, nada mesmo. Mas uma das nossas maiores preocupações era com a questão do combustível, principalmente por causa dos veículos que atendem a área da saúde”, citou.
Mônica aproveitou para realizar esclarecimento quanto ao ‘burburinho’ sobre o cancelamento de convênio entre a Prefeitura e o hospital, onde ela deixou bem claro que não passa de mera especulação. “Estamos retomando os convênios e muitas pessoas ficaram questionando se a parceria seria cancelada. Umas das primeira atitudes foram de renovar com o médicos e com o hospital. De forma alguma iriamos encerrar a parceria, pois é fundamental manter este funcionamento de atendimento para a população. Nosso objetivo, como já disse, é buscar elevar com a qualidade da prestação do serviço público, que é um direito do cidadão”, enfatizou.
Nestes primeiros dias de trabalho, apesar das atribulações do cotidiano com a falta de equipamentos, mobiliários, diversas documentações e arquivos, que deveriam ter feito parte do processo de informações no período de transição, a prefeita ainda conseguiu fechar a folha de pagamento dos funcionários públicos, que gera em torno de R$ 600 mil. “Mesmo com toda essa situação angustiante que recebemos, Graças a Deus conseguimos fechar a folha de pagamento dos funcionários, que é uma das nossas prioridades, sem dúvida”, destacou.
Outro aspecto apontado pela prefeita Mônica foi da dificuldade de não conseguir atender com maior eficiência a população que a tem procurado no gabinete. Para ela, nestes dias como chefe do Poder Executivo e candidata durante a campanha eleitoral mostraram o mesmo paralelo: emprego. “O cidadão quer emprego, dignidade. A dignidade é o respeito de poder comprar e pagar por conta própria. É não querer o assistencialismo pelo resto de sua vida porque sabe que pode crescer e melhorar muito mais. E a cobrança está enorme em cima da questão do emprego. O que as pessoas não estão entendo, e estão confundindo é que, o empregar não é aqui dentro da Prefeitura. Enquanto administradora pública minha responsabilidade é buscar, incentivar, dar suporte e promover condições às empresas interessadas a se instalar e gerar emprego às pessoas daqui”, salientou.
Uma das ações propostas pela nova gestão é incentivar a potencialidade das pequenas empresas e do microempreendedor individual. “Teremos em breve uma reunião com o Sebrae para juntos analisarmos as atividades de parceria e trabalhar tais potenciais para agregar e qualificar nossos empreendedores”, apontou e avaliou ainda a competência do Município nas áreas de produção da agroindústria, piscicultura, artesanato e turismo. “Temos que incentivar a pequena empresa porque ela também é um geradora de mão de obra e de divisas. Não é um trabalho fácil, mas o Município tem esta responsabilidade, como gestora pública tenho a obrigação de impulsionar, motivar, a vinda de empresas, que aliás já há algumas interessadas que vieram anteriormente, porém não receberam estímulos, mas retornaram um contato para abertura de diálogo”, relatou e encerrou dizendo que está sendo realizado um mapeamento geral das necessidades do Município para reorganizar as ações de execução dos projetos de governo.