Nos dias atuais, o consumo desenfreado do álcool por adolescentes vem acarretando em uma série de preocupações aos pais e à sociedade, sendo foco de várias pesquisas sobre o assunto, dentre elas, temas como ‘Consumo de Álcool como Porta de Entrada para Outras Drogas’.
“O álcool, por mais que seja lícito, não deixa de ser uma droga, e justamente por ser liberado é a droga que mais mata no mundo, seja mortes por consumo abusivo ou então por acidentes que o mesmo causou”, avaliou a psicóloga Suellen Naime, de Bandeirantes. “Quando se está sob efeito do álcool ficamos mais propensos a fazer coisas que não teríamos coragem sóbrio e isso inclui ‘experimentar’ outras drogas, como cigarros, maconha, crack, entre outros, levando muitas vezes a causar uma dependência que antes não existia”, comentou.
Na análise da psicóloga, a partir da primeira vez que o adolescente beber, se ele gostar da experiência, é dado como certa a repetição de tal experiência. “Sendo que a sociedade também aceita com naturalidade este fato. A experiência de beber se repete cada vez mais, e em doses maiores. O álcool é um grande ponto de partida para a utilização de outras drogas; uma vez que diminui as resistências do superego e a autocensura. Quando se está totalmente lúcido é mais fácil discernir o que se deve ou não fazer; quando se está sob os efeitos do álcool, muitas atitudes são levadas pela impulsividade e inconsequência”, considera.
Pesquisas recentes sobre os efeitos do álcool no cérebro dos adolescentes demonstraram que a substância, consumida em quantidade não moderada, afeta as regiões do cérebro. “Nomeadamente nas áreas responsáveis pela memória, autocontrolo, motivação, afetando drasticamente o rendimento escolar”, explicou.
MOTIVOS – De acordo com a psicóloga Suellen Naime, os três principais motivos classificados para o início da bebida na vida do adolescente são:
01 – O efeito que a bebida provoca: ficar mais desinibido, pois sempre está em grupos de pessoas, ficando à vontade na frente de todos.
02 – Beber para se sentir aceito pelo grupo: tendo em conta que esta é uma fase de identificação e busca de identidade, e o jovem precisa identificar-se com esse grupo e, portanto, usar as mesmas coisas e a mesma linguagem. “Isto significa que as condutas a adotar são as mesmas que as dos amigos, erradamente também pode acontecer de alguns pais incentivarem os filhos a beber, colocando o fato de que é melhor ‘beber em casa do que na rua’ levando a mais um tipo de incentivo”, avaliou.
03 – E por último, beber como fuga: a maioria dos adolescentes bebem para ilusoriamente fugirem de crises familiares ou pessoais, e conflitos internos. Crises entre os pais, geralmente empurram o adolescente a ancorar-se ao grupo de amigos que o levam a ‘divertir-se’ e esquecer as crises em casa, recorrendo à bebida. “Como esta é, também, uma idade em que autoestima é afetada por motivos simples, eles tendem a fugir, usando o álcool. Esta é uma idade repleta de confusões e complexos. Nesses momentos, os pais devem estar em alerta para os ajudarem a superar essas frustrações”, orientou.
A especialista aconselhou ainda que, a adolescência é, também, uma idade em que autoestima é afetada por motivos simples e eles tendem a fugir, usando o álcool. “Esta é uma idade repleta de confusões e complexos. Nesses momentos, os pais devem estar em alerta para os ajudarem a superar essas frustrações e apoiar os filhos incondicionalmente”, norteou.
Para saber mais sobre o assunto e outros problemas comportamentais da mente humana, entre em contato com psicóloga Suellen Naime na Clínica Polimed, na Avenida Prefeito Moacyr Castanho, 1958, centro, com telefones (43) 3542-1620 ou 9.9834-0148 (whatsapp). O atendimento é voltado para crianças, adultos e casais.