Pais, professores, profissionais das áreas da saúde e da educação especial, de Bandeirantes e região, se reuniram na noite desta segunda-feira (17) para assistir palestra do neuropediatra Clay Brittes, que tratou sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista). O evento foi promovido pela Associação Anjo Azul e parceiros, e reuniu cerca de 500 pessoas.
Durante mais de duas horas, os participantes ouviram o especialista que discorreu sobre o TEA, seu diagnóstico, intervenção, tratamento e terapias, e que é possível ajudar um autista a desenvolver suas habilidades impulsionando seu potencial. O médico relatou também as pesquisas atuais sobre o assunto, como o cérebro de uma criança autista funciona, como identificar o espectro numa criança ou adolescente, quais são as melhores abordagens e práticas no dia a dia.
O neuropediatra explicou que o autismo é um transtorno de desenvolvimento que afeta de maneira decisiva e predominante a capacidade de percepção social. Segundo o especialista, estima-se que, aproximadamente, 1% da população tenha autismo. “Apesar disso, o assunto ainda é pouco discutido em âmbito nacional. Por esse motivo, há tantas dúvidas de familiares e profissionais das áreas de educação e saúde”, destacou. “Seja por preconceito ou dificuldade de aceitação, fato é que precisamos dar mais atenção aos primeiros sinais apresentados na infância para conseguir trabalhar de maneira correta com essa condição”, reforça. Outro fator importante levantado e considerado vilão nas dificuldades em lidar com os autistas é a falta de informação. “Mas, apesar de todas os desafios, é possível ajuda-los a ter uma vida melhor”, argumenta.
O neuropediatra ressalta que, o que realmente faz a diferença é o diagnóstico. “Quanto mais cedo, melhor e mais rápido será o processo que irá ajudar o autista a ter uma vivência mais conectada com a vida social, além de saber como lidar com as suas instabilidades.Para isso, é necessário conhecer mais e descobrir cedo”. (Da redação com assessoria)