O estudo, intitulado “Ações do Novo Cangaço no Estado do Paraná, na perspectiva da História Pública”, prospecta-se como importante campo temático para interface história e segurança pública.
Policial militar de Campo Mourão, formada em História pela Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), mestranda do Programa de Pós-Graduação em História Pública-PPGHP (na mesma instituição), a pesquisadora Thais Carraro tem perpassado por reflexões de fenômenos, como: ações do Novo Cangaço no Estado do Paraná na perspectiva da História Pública.
De acordo com ela, a sua produção científica apresenta um estudo de análise sobre assaltos ocorridos no que hoje se denomina como “Novo Cangaço” contra instituições financeiras, sejam elas públicas ou privadas, tendo como marco regulador a invasão à cidade de Guarapuava-PR, localizada há aproximadamente 250 km da capital Curitiba, em que criminosos fizeram pessoas reféns em forma de escudo humano, atearam fogo do batalhão de Polícia Militar e interditaram vias.
O trabalho partiu de inquietações da própria autora enquanto profissional de segurança pública e pesquisadora, visto que entende as atuações do grupo criminoso como preocupantes: “me parece um crime tipicamente brasileiro, é o que descobriremos na pesquisa, já que as ações desse tipo, necessitam de uma resposta rápida do poder público”, informou.
Pensando com o público, o fenômeno do “Novo Cangaço” perpassa o tempo e os conhecimentos históricos, não é um tema atual, não surgiu de uma hora para outra e nem se manifesta igualmente em nossos dias como em décadas passadas. Segundo ela, entender isso já é um primeiro passo na busca de uma possível resposta e caminhos possíveis com o intuito de frear os avanços do “Novo Cangaço” e trazer de volta a população, vítimas dos assaltos, a sensação de segurança ao transitarem pela via pública.