Denúncia foi feita ao Gepatria e inquérito civil foi instaurado para apurar possíveis irregularidades na inscrição do médico
Por Regiane Romão
O médico F.C.L, que atendia na área de obstetrícia no Hospital Regional do Norte Pioneiro, pode ser afastado do cargo. De acordo com denúncia feita ao Ministério Público do Paraná, por meio do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa), um inquérito civil foi instaurado para apurar possíveis irregularidades na inscrição do médico. A denúncia foi feita pela empresa Clion Clínica Médica, de Ourinhos/SP.
De acordo com o Ministério Público, o médico não possui especialização em ginecologia e obstetrícia como consta no registro do Conselho Federal de Medicina, porém, ele alegava ser especializado nessas áreas. A forma de contratação de F.C.L aconteceu através de um atestado de capacidade técnica e conduta. A promotora do Gepatria, Kelly Cristina Bahena, considerou que tal documento não é aceitável.
O médico, que trabalha no Hospital Regional desde março de 2009, já fez inúmeros partos. Em postagem numa das redes sociais, mais de dez mulheres alegaram que sofreram nas mãos do médico, acusando-o, supostamente, de ser responsável pela perda dos seus bebês. O Hospital Regional recebe gestantes de várias cidades da região para que o parto seja realizado.
A promotora de Justiça do Gepatria, pediu o afastamento do médico e também a contratação de outro profissional que se enquadre nas exigências do edital da própria instituição de Saúde. O nome do médico ainda está na escala do Hospital Regional.
A diretora geral do hospital, Márcia Altvater, disse que a contratação é de total responsabilidade da FUNEAS (Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná), e que somente eles podem responder por isso. Segundo o Ministério Público, os responsáveis têm dez dias para se manifestar sobre o caso.