
Já imaginou utilizar ferrovias desativadas como rotas de cicloturismo? Essa é a proposta do deputado estadual Goura (PDT) que foi discutida na última sexta-feira (16) na Câmara Municipal de Maringá. A ideia é criar uma rota junto à linha férrea, interligando vários municípios, para fomentar, além do cicloturismo, o turismo de natureza e o turismo rural.
O projeto foi batizado de ‘Trilha nos Trilhos’ e visa a implantação de um corredor sustentável de cicloturismo, aproveitando o trecho de 87 quilômetros da malha ferroviária, desativada desde 1994, para conectar os municípios de Maringá, Paiçandu, Dr. Camargo, Jussara e Cianorte.
“É um ramal não utilizado, que a rede ferroviária não tem perspectiva de utilização e que apresenta ao ciclista o trajeto mais favorável em termos de topografia porque a linha férrea passa sempre pelo caminho mais tranquilo em termos de subidas e descidas”, explicou Goura.
O deputado ressalta ainda que já existem muitos grupos de ciclistas que já praticam esse tipo de atividade na região, principalmente nos finais de semana. “Pode ser a oportunidade para criarmos um eixo de turismo de bicicleta, de natureza, de turismo rural muito forte”, disse.
Goura lembrou ainda que a concessão da rede ferroviária termina em 2026 e, por isso, é importante avançar nessa discussão para que o projeto seja contemplado na próxima concessão. “Então avançar nessa discussão agora é algo bem importante e bem estratégico”, observou.
Além do deputado Goura, participaram da reunião a vereadora Professora Ana Lúcia (PDT), que abriu a Câmara Municipal para a discussão, representantes da Secretaria Estadual de Turismo do Paraná, demais vereadoras e vereadores, secretários municipais e diretorias das prefeituras envolvidas no projeto.
A proposta de transformar trilhos desativados em trilhas de cicloturismo sustentáveis começou a ser articulada pelo deputado Goura em agosto de 2024. Desde então, o deputado já iniciou diálogos com o Governo do Paraná através da Secretaria Estadual de Turismo, com a concessionária Rumo, que administra o trecho da ferrovia inativa, com o DNIT e com entidades ligadas ao cicloturismo no estado.