O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) participa de comitiva de parlamentares paranaenses e de empresários que integram a Socipar (Sociedade Civil do Paraná) que vai se reunir na próxima quarta-feira, 22, em Brasília, com o ministro dos Transportes, Renan Filho. O grupo vai defender a duplicação do trecho da BR-376 entre Paranavaí a Nova Londrina, no Noroeste do Paraná.
O segmento da rodovia faz parte do Lote 4 do novo programa de pedágios, mas a obra de duplicação não está prevista nas obrigações da concessão sob a justificativa de baixo fluxo de veículos. “Estudos de tráfego feitos pela Socipar comprovam que o trecho tem o dobro do fluxo de veículos do que a contagem feita pela EPL (Empresa de Planejamento e Logística) para elaborar a modelagem da concessão”, declarou Romanelli. “A duplicação é absolutamente fundamental”.
Em manifestação da tribuna da Assembleia Legislativa, Romanelli também demonstrou preocupação com o adiamento da assinatura do contrato de concessão do Lote 1, vencido pelo fundo de investimentos Pátria. A empresa solicitou que a formalização aconteça somente em 26 de janeiro, um mês após a data inicialmente prevista. “É um fato preocupante. A empresa só assumirá a concessão um mês após a assinatura”, alertou o deputado.
A grande preocupação, avaliou o parlamentar, é com a manutenção das estradas que já apresentam buracos e sinalização precária. “Quem vai cuidar das rodovias durante um período em que teremos um tráfego intenso de veículos de paranaenses indo ao litoral. Ao mesmo tempo, continuará intenso o trânsito de cargas em direção ao porto ou no sentido contrário”, observou Romanelli. “Poderemos ter o caos nas estradas nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro”.
Nova concessão – Na avaliação de Romanelli é necessário que as lideranças paranaenses promovam uma reunião de trabalho com o Ministério dos Transportes para que haja uma solução que permita o tráfego com segurança nas rodovias paranaenses. O deputado também reforçou o alerta sobre a postergação dos leilões dos demais lotes do programa de concessão, que só devem acontecer no final de 2024.
“Infelizmente o contexto político não permitiu a licitação das rodovias em 2020, quando havia um ambiente econômico propício. Que decisão equivocada. Agora, a opção foi suspender os leilões por falta de interessados. Infelizmente o modelo não parou em pé, mas o Paraná não pode esperar mais um, dois ou três anos para ter melhoria nas rodovias. Temos que ter uma solução”, sustentou Romanelli.