“O organismo humano foi desenvolvido para se movimentar”, defendem especialistas (Foto: Daniel Reche/Pexels)

A mais recente pesquisa divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é alarmante para o Brasil. Na América Latina, o país lidera com o maior índice de sedentarismo – 47% da população não praticam atividade física suficiente para se manter saudável. A pesquisa, divulgada em 2018, é a primeira que oferece estimativas sobre a insuficiência de atividade física em um período de 16 anos, de 2001 a 2016.

A importância do exercício físico está diretamente relacionada à qualidade de vida e à saúde. “A pessoa que opta pelo sedentarismo tem que saber que corre risco de ter graves problemas de saúde”, alerta o especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e cardiologista, Dr. Marcelo Leitão. Ele lista alguns dos principais problemas acarretados pela falta da atividade física. “Atualmente, as principais causas de mortalidade são as doenças do coração, infarto, pressão alta, diabetes e obesidade. Todas elas podem ser evitadas, amenizadas ou tratadas com a prática de um exercício aliada a uma dieta nutricional”.

Não é necessário se matricular em alguma academia ou praticar algum esporte específico para sair do sedentarismo. Pequenas caminhadas ao ar livre já podem ser um ótimo começo para quem quer iniciar um programa de atividade física. Segundo o médico, é raro ter um exercício contra indicado para a grande maioria das pessoas. O que é importante neste sentido é a orientação profissional, que engloba especialistas da Medicina Exercício e do Esporte e educadores físicos, por exemplo.

“É importante lembrar que a Medicina do Exercício e do Esporte não atinge apenas atletas de alta performance. Os estudos que a área desenvolve, as avaliações clinicas feitas diariamente nos consultórios, são para toda a população”, ressalta o especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e cardiologista, Dr. Fernando Torres. O médico pontua que quando um indivíduo sedentário passa a fazer alguma atividade física, os ganhos são imediatos. “Na medida em que o sedentarismo traz uma série enorme de doenças, o exercício é a tábua de salvação”, afirma Torres.

O sedentarismo está no foco das discussões do 31º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte e XI Congresso Sul-Americano de Medicina do Esporte que começou na quarta-feira (28) em Foz do Iguaçu. O congresso termina hoje (31) onde mais de mil profissionais, pesquisadores, professores e estudantes irão discutir avanços e tendências na Medicina do Esporte. Outros temas como a obesidade e o exercício físico; o esporte competitivo como modalidade saudável ou não para crianças e adolescentes; dieta “low carb” e cetogênica e suas possíveis interferências no desempenho do atleta; sarcopenia como a doença do século XXI também fazem parte da programação científica do evento. (Da assessoria)

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