Escrevo para que as ideias e os pensamentos não transbordem e também para que postas em palavras, as reflexões não se percam em alguma caixinha dentro do meu hd.
Sendo assim, acontece de algumas pessoas sugerirem temas para reflexões, e um deles foi sobre “a dor de um coração partido”.
Naquele momento, imaginei que a pessoa se referia a uma perda afetiva pelo abandono ou rompimento com a pessoa amada.
E quando sofremos essas perdas, os mesmos locais onde há atividades cerebrais quando sentimos dor física, são estimulados quando temos o coração partido. É por isso que dói tanto. A dor é palpável e a recuperação pode levar mais tempo do que gostaríamos.
Mas, quando a perda acontece porque não foi por escolha de ninguém, e sim porque a pessoa deixou esse plano terreno repentinamente, aí a dor dilacera.
É como se alguém tivesse arrancado o nosso coração com as mãos, sem aviso, sem anestesia.
Perguntei a um amigo o que ele tinha feito para superar essa perda e juntar os pedaços dele que restaram, e a resposta foi: “Minha querida, ainda não consegui juntá-los. O que tenho feito é tentar me acostumar com essa condição que será sempre nova a cada amanhecer.  Todos os dias são sempre um recomeço.”
Acredito que uma das coisas mais devastadoras que pode acontecer na vida, é a perda de um ente querido.
Palavras são inúteis nessa hora. Inconsolável é o adjetivo que melhor descreve quase todas as pessoas que passam por esta situação.  A dor emocional e física, é dilacerante. Um tempo de luto é necessário para assimilar e aceitar a perda.
O problema é que não gostaríamos que o tempo tivesse chegado a esse momento e se pudéssemos, retrocederíamos o relógio.
Nessas horas, a nossa única necessidade, é do apoio das pessoas que amamos, até que um dia, o coração, embora com uma cicatriz profunda, pare de sangrar…        

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui