Em posse de todas as notas, o deputado explicou que houve um erro ao lançarem todas as notas em um único dia
Por Regiane Romão
O deputado federal Boca Aberta usou as suas redes sociais para esclarecer a denúncia feita pelo Fantástico no domingo, 18. Na reportagem, o deputado e mais 103 parlamentares foram supostamente acusados de fraudar notas de abastecimento. Um dos casos envolvendo o parlamentar paranaense dizia que ele havia abastecido 120 vezes em um minuto.
De acordo com Boca Aberta o que realmente aconteceu foi que, a pessoa responsável por lançar os cupons fiscais no sistema do posto lançou todas as notas ao mesmo tempo. “A pessoa pegou as notas do mês de dezembro de 2019 e lançou todas em um único dia de janeiro de 2020. Foi um erro da empresa, de quem lançou no sistema do posto de combustível”. Ele ressaltou ainda que jamais faria esse tipo de coisa, já que sempre denuncia políticos corruptos. “Sou um dos deputados que mais vai para cima de corruptos, tenho três pedidos de cassação por fazer denúncias de políticos que fazem coisas erradas, não iria jamais me envolver com esse tipo de situação”, declarou nas redes sociais.
O deputado federal enfatizou que, não teve direito de resposta por parte da Rede Globo. “Meu vídeo não foi exibido na íntegra, não me deixaram explicar o que realmente aconteceu. Por essa razão vamos entrar com uma ação contra o Fantástico por calúnia, difamação, denúncia caluniosa e fake news”, comunicou.
A Operação Tanque Cheio foi uma ação idealizada pelo instituto OPS (Observatório Político Socioambiental) e arrolou o nome de 104 parlamentares por supostas fraudes em notas fiscais de combustíveis.
O gerente Ítalo Luís de Oliveira, do Auto Posto Leblon de Londrina, reforçou a versão apresentada pelo deputado Federal Boca Aberta e explicou que os cupons fiscais no início de 2020, data mencionada na reportagem exibida pelo Fantástico, eram lançadas no sistema todas de uma vez, diferentemente do que está sendo feito agora. “Neste caso, os assessores do deputado chegavam, entregavam a requisição e, mediante essa autorização, a gente abastecia o veículo. Depois, informamos na requisição o valor dado na bomba e arquivamos. Desta maneira, de posse dessa requisição, com quantidade e valores especificados, eu já tinha o controle interno. Sendo assim, não necessariamente, eu precisava tirar nota fiscal naquele momento, mas no final de um período (mês)”.
Atualmente o cupom fiscal é entregue ao motorista logo após o abastecimento, explicou Ítalo.
Para finalizar, o gerente do posto disse que nunca houve fraude, nem da parte do posto e muito menos da parte do deputado federal Boca Aberta. “Quem olhar o corpo da nota fiscal vai perceber que não há 120 abastecimentos em um minuto, isso é impossível”.