Quantas vezes você ouviu essa frase? É o tipo de frase que ouvimos sempre que estamos diante de uma circunstância difícil, que parece sem saída.
Mas essa palavra “nunca”, me parece muito absoluta, assim como a palavra “sempre”. E sobre “nunca desistir”, fica aqui uma reflexão.
Acredito que essa frase em alguns casos, pesa demais nos ombros de quem está vivendo algumas situações. Por exemplo, se você está vivendo um relacionamento onde a sua autoestima é bombardeada diariamente, você sofre violência psicológica e/ou física, se esse relacionamento é tóxico (e no fundo, você sabe disso), você tem o direito sim, de desistir. Isso pode preservar a sua integridade psicológica e física.
Se no seu trabalho, não há respeito e você sofre abusos de diferentes tipos, você pode sim, desistir. Isso não é fracassar. Isso é preservar a sua sanidade mental. Mas existe uma situação onde essa frase se aplica: Nunca desista de si mesmo. É muito triste ver nos olhos de alguém a desistência de si mesmo, da vida que ele merece, porque ele deu ouvido a outras pessoas que fizeram a mesma coisa.
Não desista de você! Outras pessoas podem até ter desistido de você. Elas têm esse direito.
Isso não tem nada a ver com o valor que você tem. Outras pessoas podem até parar de acreditar em você, te desapontar. Faz parte da sua caminhada às vezes ter que caminhar sozinho. Aliás, se você tem fé, acredita em algo maior que rege o universo, acredita em Deus ou qualquer outro nome que você use para designar essa força maior, você vai estar sempre amparado, nunca vai estar sozinho. É como naquele poema de Margareth Fishback”, “Pegadas na areia”, onde em trechos da vida que foram extremamente difíceis, a pessoa se sente sozinha, abandonada e questiona a Deus por tê-la abandonado por ver somente um par de pegadas na areia, quando em todos os outros momentos, via dois pares de pegadas (os dela e os do Senhor). E o Senhor responde da seguinte forma: “Meu filho, eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando vistes na areia, apenas um par de pegadas, foi exatamente aí que Eu te carreguei nos braços”.
Se você tentar algo, e falhar, tente de novo. Aliás, isso não é falhar, é experimentar de uma forma que não teve o resultado que você gostaria. Então, tente de uma forma diferente, mas antes, olhe para a experiência e veja o que ela pode te ensinar. Nós só nos movemos adiante quando aprendemos. Se você sente que vive situações repetidamente, é porque algo precisa ser aprendido.
Pode ser que você ache que seus pais não são como você gostaria. Pare e pense: Você é como você gostaria de ser? Seus pais te deram o maior presente, que é a vida. Pode ser que você ache que os seus amigos não estão presentes quando você precisa. E você está presente quando eles precisam? Você aceita ser ajudado? Há pessoas que não pedem ajuda porque não querem incomodar ou por outras razões.
Mas a decisão de aceitar ajuda ou fazer algo por si mesmo, está em suas mãos. O seu bem-estar está em suas mãos. É de sua responsabilidade. Olhe para si, veja quantas qualidades você tem e que pode não estar conseguindo enxergar. Lembre-se de quantas batalhar já enfrentou e venceu. Lembre-se de quantas situações adversas superou.
Você é incrível somente por ser quem você é! Lembre-se disso!
Cristie Ochiai
Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing