Posto Energina, de Domingos Regalmuto (foto retirada do Grupo Bandeirantes-Pr, no Facebook)

Os Pioneiros, por ramo de atividade no povoado

DÉCIMA QUINTA PARTE

Walter de Oliveira*

Prosseguindo com os fragmentos – os quais comparamos a uma viagem através do tempo e da história – levamos aos nossos incontáveis e atentos leitores uma palavra de agradecimento pelo manifesto apoio a esse nosso modesto trabalho, que já nos convencemos ser do interesse de todos, eis que, a cada publicação, recebemos deles as mais oportunas e úteis observações, das quais nos valemos para corrigir erros e suprimir omissões nos nossos relatos. Verificamos, contudo, que fazê-lo a cada artigo imediato, tomava muito do espaço disponibilizado pelo jornal, a despeito da generosidade da sua direção. Assim, conclamamos aos nossos leitores a continuarem nos mandando as suas bem-vindas informações, as quais, todavia, usaremos por ocasião da publicação do livro que estamos produzindo.

Toyoso Arai – pioneiro dos pioneiros com “bombas” de gasolina e querosene (foto cedida por seu neto, Júlio Arai)

Isto posto, retomemos a nossa viagem temporal, listando os nomes dos pioneiros (1931/1950) donos de “Bombas de Gasolina”, termo usado no livro de Solano Medina para os comerciantes de gasolina e querosene “a granel”, este último destinado a alimentar os lampiões e lamparinas usados na iluminação das residências, sobretudo na zona rural.

Na letra a) da listagem, vamos encontrar o primeiríssimo de todos os donos dessas “bombas”, Toyoso Arai, que as instalara na meia-calçada em frente à sua loja (Casa Arai). O prédio da loja é o mesmo, que hoje, reformado e remodelado, abriga a Ceram – Clínica de Especialidades no ramo odontológico, dirigida pela doutora Regina Arai Matsubara, bisneta daquele pioneiro. Toyoso Arai foi casado com dona Sue Nogawa (Arai) e o casal teve os seguintes filhos: Tosaburo, Tatsuzo (também conhecido por Zé Arai), Kinoé, Maria e Gôro.

b) Brasil Gambaré. A partir deste pioneiro, todos os demais listados tinham as suas “bombas” instaladas nos locais que o próprio Medina designou de “postos”. É assim que a “bomba” de gasolina de Brasil Gambaré achava-se situada onde se encontra hoje a agência do Banco do Brasil. Este pioneiro foi casado com dona Ana Ragazzi e o casal, ao que apuramos, teve o filho Leandro Gambaré.

c) Posto Energina ou Posto Shell. Instalado na Avenida Bandeirantes, onde hoje é a Loja Liberatti, pertencia a Paulo Domingos Regalmuto Coffa, nome sobejamente conhecido dos nossos leitores, por nossos artigos anteriores. Instalado em um imenso terreno, o posto fazia frente também para a Rua Marechal Floriano Peixoto, hoje Benedito Leite de Negreiros. Seguindo o padrão que marcava o seu proprietário, o Posto Energina, dos mais modernos para a época, além de vender os já citados combustíveis, peças e acessórios, punha também à disposição do público uma aparelhadíssima oficina mecânica, apta a executar qualquer serviço do ramo automobilístico. Como já relatado em outros artigos, Regalmuto casou-se duas vezes, com dona Beatriz e dona Chaterine, respectivamente, tendo um único filho com esta última, Paulo Regalmuto Filho.

d) Pompeo Tomasi. A bem da verdade, as “bombas” de gasolina e querosene de Tomasi, funcionavam na parte frontal da sua loja, a primeira concessionária de caminhões e moto niveladoras de Bandeirantes, representante das marcas International Haverster e Caterpillar. O endereço era onde hoje se situa a Caixa Econômica Federal. Assim como Regalmuto, o posto de Pompeo Tomasi tinha uma moderna oficina, à altura de executar todos os serviços do ramo. Casado com dona Adélia Tomasi, o casal teve os filhos Antônio (conhecido por Toninho Pompeo e que era braço direito do pai) e Narciso, que morava em Campinas/SP em companhia da mãe.

e) José César Rando. Em que pesem os nossos esforços, não conseguimos informações do local em que este pioneiro instalou a sua “bomba”. Desse pioneiro, sobre cuja marcante atuação em Bandeirantes falaremos em nosso livro, podemos adiantar por ora, que desde a sua juventude foi pessoa de destaque, quer pela sua própria compleição e aparência físicas, como pela sua comprovada capacidade de ação, independente da tarefa ou missão que estivesse a seu cargo. Casou-se em duas núpcias, primeiramente com Edelina Meneghel, com quem teve os filhos Luiz Vicente, José Paulo, Ruy Mauro e João César, e depois com Augusta Meneghel, com quem teve os filhos André e Eduardo.

f) João Senra. Dono da empresa Platinense, de transporte de passageiros (hoje Viação Princesa do Norte), este pioneiro teve sim, nas décadas de 40 e 50, “bomba” de gasolina, apenas que exclusivamente para abastecer seus ônibus, o que, todavia, não lhe tira a condição de ter sido pioneiro no ramo. Foi casado com dona Ana e o casal teve os filhos Gilberto (conhecido por Negrinho) e Eduardo (conhecido por Gôso). O único que residiu em Bandeirantes foi Gilberto. Os demais (o casal pioneiro e o filho Eduardo), residiam em Santo Antônio da Platina.

(continua…)

* Walter de Oliveira, 89, articulista desta Folha, é bandeirantense, nascido em 1932

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