Como você encara as coisas que não atenderam as suas expectativas? Quantas vezes você teve grandes sonhos, mas as coisas não saíram do jeito que você queria? Um casamento que terminou, uma gravidez que não vingou, um contrato que não foi assinado, um concurso que você não passou. São tantas frustrações, tantas decepções. Sentimentos de raiva, de rejeição, mágoa, tristeza. Ficamos chorando pelo leite derramado.

Ainda bem que nem sempre é assim que nos sentimos, ou melhor, não permanecemos muito tempo nesse estado negativo. Olhe-se de fora e preste atenção a como você reage nestas situações. Olhe-se como você fosse outra pessoa assistindo uma cena de filme.

Você é do tipo que fica reclamando, se sentindo uma vítima, ou é do tipo que analisa a situação e busca a melhor forma para resolvê-la?

Lembre-se que a decepção é como uma estação do ano. Ela passa, é temporária.

Sim, é claro que você sabe disso. Mas, algumas pessoas se agarram a ela e ficam revivendo o evento ‘over and over again’. E o cérebro não sabe que isso está somente no pensamento. Ele acha que está acontecendo novamente, todas as vezes que você revive a cena. E o que é pior: estressa o seu organismo, seu coração, inunda o seu corpo com cortisol (hormônio do estresse). Detona tudo.

Mas não se sinta culpado se isso acontece contigo. Provavelmente você aprendeu esse padrão de comportamento na infância e nem sabe disso. Contudo, uma coisa é certa: não há como impedir a maioria desses acontecimentos nas nossas vidas. Porém, podemos mudar como vamos responder a eles. Um ponto importante a considerar é que é infrutífero tentar entender porque as pessoas nos decepcionaram. Às vezes, nem mesmo elas sabem. Precisamos em vez disso, prestar atenção às expectativas que colocamos nas pessoas. Esperamos que as pessoas ajam da forma como agimos. O resultado disso? Frustração.

Cada pessoa é um universo particular. Podemos nos colocar no lugar dos outros para tentar entende-los, de forma que isso diminua os conflitos. Contudo, volto a ressaltar que a amargura que muitas vezes nós cultivamos, e afeta todas as áreas da nossa vida. Envenena nossas atitudes, nossas decisões, nossos relacionamentos (as pessoas se afastam), distorce o modo como vemos as coisas.

Quando cultivamos a amargura, nos ofendemos facilmente. Mesmo que as pessoas não tenham dito algo ofensivo, nós reagimos como animais feridos. Mas a sua essência não é assim, amarga. Isso é uma faceta sua que está exposta pelas experiências que você teve.

‘Conheça-te a ti mesmo e cure-se’. Como? Com conversas, leituras, cultivo de bons hábitos, cuidado com a parte espiritual, terapia.

Por falar nisso, terapia não é coisa de doido. Essa ideia é totalmente equivocada. Terapia é um trabalho de autoconhecimento, um autocuidado.

É um cuidar-se com carinho, com compaixão e muito amor.

Cristie Ochiai

Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing

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