Uma estória de autovalorização

Em jardim, havia um canteiro de rosas. As rosas exalam um aroma muito gostoso. Com lindas cores, muitas pessoas paravam para admirá-las e paravam em frente para tirar fotos. As rosas realmente têm um apelo forte e a maioria das pessoas gostam delas por simbolizar o amor. Enquanto isso, no outro lado do jardim, havia uma plantação de bambus.

Dia após dia, o aspecto de um pé de bambu é o mesmo. Não há flores nascendo ou uma fragrância agradável ao olfato. Quase ninguém para o que está fazendo para admirar um pé de bambu ou quer tirar fotos ao lado dele. Então, imaginem o quanto o pé de bambu sentia inveja ao ver o canteiro de rosas cercado de pessoas.

“Ei, rosa”, disse o bambu um dia. “Sabe, eu sempre quis ser igual a você. Você floresce tão lindamente, tem um aroma agradável. Sempre admirada pelas pessoas e testemunha de muitas juras de amor”, continuou o bambu num tom triste.

A rosa ao ouvir aquilo, sorriu e disse: “Muito obrigada pela sua admiração e honestidade, bambu. Mas, sabe, na verdade eu invejo você”. O bambu ficou atônito. Ele não sabia que a rosa o invejava. Não havia nenhuma parte dele que fosse mais bonita que uma rosa.
“Que estranho. Porque você tem inveja de mim?”, disse ele.

“Claro que eu o invejo. Você tem um caule muito forte e quando há uma tempestade, você permanece forte, firme, sem quebrar. Eu e as minhas amigas somos muito frágeis. Mesmo um vento fraco faz as nossas pétalas caírem, nossa vida é muito curta”, completou a rosa num tom desanimado.
O bambu percebeu que ele tinha um certo poder e pensou que fosse comum, mas acabou se transformando numa coisa incrível aos olhos da rosa.

“Mas rosa, você sempre foi desejada pelas pessoas. Você sempre é usada para a decoração de uma casa ou no cabelo de uma mulher”.

A rosa sorriu novamente e falou: “Você está certo, bambu. Eu sempre sou usada como decoração e usada pelas pessoas, mas eu murcho depois de alguns dias, diferentemente de você”. O bambu, novamente confuso, disse que não entendia.

“Ah, bambu”, disse a rosa enquanto balançava a cabeça, “os humanos sempre te usam como ferramenta para drenar água. Você é muito útil para as outras plantas. Enquanto a água flui pelo seu corpo, você dá vida a muitas plantas” continuou a rosa. “Eu estou tão surpresa com tantos benefícios. Você deveria estar feliz e não com inveja de mim”, expressou.

O bambu concordou e percebeu que o tempo todo ele tinha sido útil às outras plantas. Embora a admiração seja na maioria das vezes dirigida às rosas, na verdade, o bambu também tem benefícios que não são inferiores aos das lindas rosas.

Desde o dia em que o bambu teve aquela conversa com a rosa, ele não ficou mais triste, mas sim satisfeito em saber do poder e dos benefícios que poderia trazer aos outros. Ao invés de ficar com inveja, se sentiu grato pelas suas próprias habilidades, principalmente pela utilidade para os outros.
Você que está lendo isso, pense nas qualidades que você tem. Pode ser que você esteja vendo as qualidades das pessoas que estão à sua volta e esteja esquecendo de valorizar suas próprias qualidades.
Todos nós temos talentos que nos tornam admiráveis e queridos. De que adianta as pessoas nos valorizarem se nós não nos valorizamos? Isso não significa ser convencido. Isso significa ter consciência que nós devemos ser gratos por ter qualidades, e poder deixar este mundo um pouco melhor quando partirmos.

Cristie Ochiai

Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing

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