Trabalhar duro em algo que nós não gostamos, é estresse puro. Trabalhar em algo que gostamos, é paixão.
Um dos maiores equívocos que nós cometemos é achar que o nosso propósito de vida vem do nosso trabalho. Mas e se eu perder o meu trabalho ou me aposentar? O meu propósito de vida vai acabar se perdendo.
Nós costumamos associar o nosso autovalor ao nosso trabalho. Mas se um dia não tivermos mais esse trabalho, qual vai ser o motivo para nos levantarmos de manhã? O nosso propósito de vida está relacionado a algo muito maior, algo que nos motiva a viver com alegria. E algumas coisas contribuem para isso.
A primeira delas é ir em busca das coisas que nós queremos. Há duas formas de ver o mundo: algumas pessoas veem as coisas que elas querem e outras pessoas veem os obstáculos que as impedem de conseguir o que querem. Você não precisa fazer as coisas da forma que as outras pessoas fazem. O seu caminho é o seu caminho.
A segunda consideração: às vezes, nós somos o problema. Nós podemos levar todo crédito por coisas que fazemos de maneira certa, contanto que nós também sejamos capazes de assumir o que nós fizemos de errado. É preciso ter essa equação equilibrada.
A terceira é: cuidarmos uns dos outros. Quando perguntaram o que fazia com que os candidatos fossem escolhidos, numa seleção para entrar na marinha, a resposta foi: nem sempre os mais fortes entram. Os que se destacam são os que cuidam uns dos outros, os que mesmo detonados física ou emocionalmente, encontram forças para ajudar o colega necessitado. Vocês já devem ter ouvido aquela frase que diz mais ou menos assim: “Quando o meu amigo, que estava sofrendo, me pediu ajuda, eu guardei a minha dor no bolso e fui ajuda-lo”. Mas nós precisamos ser capazes de pedir ajuda quando necessário também. Às vezes as pessoas não nos ajudam porque acham que temos tudo sob controle e isso não é verdade. Todos nós precisamos de ajuda em algum momento.
A quarta consideração: ser o último a falar em um grupo. Nós precisamos aprender a ouvir, e acima de tudo, a falar por último. Nós muitas vezes atropelamos as pessoas, nem as deixamos terminar a frase e já queremos dar a nossa opinião. A habilidade de aguardar até o final para falar causa a sensação aos outros de que eles foram ouvidos, de que contribuíram, de que são importantes. E falar por último te dá a chance de saber o que os outros pensam a respeito do assunto que estão conversando. Somente faça perguntas para se certificar de que você está entendendo o que a outra pessoa quer dizer e porque ela pensa daquela forma.
E por último: às vezes nós temos certas facilidades ou recebemos alguns agrados pela posição que ocupamos e não, pelo que nós somos, pelo nosso valor. Veja quando você ocupa um cargo, político por exemplo, como as pessoas te tratam. E depois de não estar mais na posição, as pessoas mudam o tratamento. Por isso é muito perigoso atrelar o nosso valor à posição que ocupamos. Uma vez perdida a posição, perdemos o nosso valor? Quando você ganha fama, posição, dinheiro, as pessoas te tratam melhor, as portas se abrem.
Mas lembre-se: isso tudo é pela posição que você ocupa e não tem nada a ver com quem você é na essência, com o seu valor. Se você tiver consciência disso, não vai correr o risco de ficar deprimido quando tudo isso for tirado de você. O seu propósito de vida tem a ver com quem você é como ser humano, com a sua maneira de tocar a vida dos outros, com o seu legado para a humanidade, fazendo o que for, com amor.
Cristie Ochiai
Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing