Você já passou pela situação de estar conversando com alguém e esta pessoa ficar olhando para o celular a cada notificação que aparece na tela? Ou de estar em algum lugar e avistar duas pessoas conversando, olhando para você e rindo? Ou até mesmo de dar uma palestra e perceber que algumas pessoas estão totalmente alheias ao que você está falando?

O que você sentiu naqueles momentos? Você levou para o lado pessoal?

No primeiro caso, provavelmente você pensou: Acho que essa pessoa não está nem aí para mim. Ou algo parecido com isso. No segundo caso, é bem provável que você tenha pensado que aquelas duas pessoas estavam falando sobre você, sobre algum defeito que você tenha, ou algo que você tenha feito que pareça ridículo. Na terceira situação, o que pode ter passado pela sua cabeça é que a sua fala é monótona, ou o assunto não é interessante, ou que você é sem graça.
Você, definitivamente levou para o lado pessoal, não? E a culpa por sentir-se assim, mal, é da outra pessoa. Mas quem é o verdadeiro responsável por isso?

É aquela nossa parte que acha que as pessoas deveriam nos levar em consideração, prestar atenção ao que falamos, nos priorizar e que não gosta de críticas – o ego.

O ego faz querer estarmos sempre certos para que as nossas opiniões sejam validadas. Mas provar estar certo a todo momento é altamente estressante e cansativo. É uma luta sem fim, acaba com a nossa energia e nos tornamos presos, reféns dos outros.

A pergunta clichê é: prefere estar certo ou ser feliz? Então, como se faz para não levar as coisas pelo lado pessoal? Deve-se pensar que: ‘isso não tem nada a ver comigo’. Colocar-se no lugar da outra pessoa, ajuda muito. Pode ser que naquele momento havia outras preocupações, outras prioridades, e que não tenha a ver com a rejeição à sua pessoa. As pessoas são programadas para rejeitar a maioria dos estímulos, sejam indivíduos, situações ou coisas. Caso contrário, como dito em outro momento, seriam levadas à loucura pelo tanto de estímulos que há ao redor, portanto, é necessário ver a situação pela perspectiva da outra pessoa.

É fácil fazer isso? Não! Sabia que por dia passam pela nossa cabeça, cerca de 50.000 pensamentos? E sabe quantos desses pensamentos, são positivos? Cerca de 10.000. Então, por dia, aproximadamente 80% dos nossos pensamentos são negativos.
Desta forma, mudar a forma de ver as situações requer muita disciplina e treino. Quando focamos na outra pessoa, na intenção que ela tem ou na necessidade dela, fica muito mais fácil não levar as coisas para o lado pessoal. Essa estratégia funciona sempre?

Não! E por que? Porque pode ser que o que a outra pessoa fale ou faça, toque em alguma ferida aberta que nós temos, que provavelmente teve origem na infância. Algum sentimento de rejeição, algum trauma que temos, alguma dor que está lá, e que é tocado no momento pela outra pessoa, mesmo sem essa intenção.
E as situações têm dois lados como uma moeda: a real situação e o que você entende como real. É preciso pensar nisso antes de reagir ao que acontece à nossa volta. É um exercício diário que vale a pena e nos poupa do desgaste e do estresse.

Cristie Ochiai

Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing

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