Havia numa fazenda vários animais e dentre eles, vários patos, e uma pata que estava chocando sete ovos.
Numa determinada época, seis ovos começaram a partir, quase ao mesmo tempo e deles nasceram lindos patinhos. Estranho que o sétimo patinho demorou mais dias para nascer. E quando isso aconteceu, todos perceberam que ele era muito diferente dos irmãos. Era maior, mais branco, com o pescoço comprido demais. 

E assim, ele foi crescendo, sempre ouvindo dos irmãos que ele era feio e até mesmo dos outros animais. A mãe era a única que o amava incondicionalmente. Mas um dia, um caçador de patos acabou abatendo a mãe.

O patinho feio ficou muito, muito entristecido, pois a mãe dele era a única que o tratava bem, que não fazia chacotas da aparência dele. Então, ele decidiu ir embora daquela fazenda, até que chegou numa lagoa enorme.
Enquanto nadava na lagoa, ele olhou para cima e viu vária aves diferentes, com asas grandes, lindas, branquinhas, que voavam majestosas, cortando o céu como numa dança de balé. Ele as olhou com muita admiração. Quando, de repente, olhou para a água, percebeu a sua imagem refletida. E para a sua surpresa, viu que ele era muito parecido com aquelas aves no céu que tinham acabado de pousar na água do lago. Notando a semelhança, as aves o convidaram para nadarem juntos. E assim, depois de um tempo, o suposto patinho feio viu que na verdade ele era um lindo cisne branco que tinha encontrado a sua turma. E ele, feliz, voou junto com os seus.

Quantas vezes na vida você se sentiu um patinho feio? Se sentiu excluído, sentiu que não pertencia ao grupo de amigos, que não fazia parte da equipe no trabalho e até mesmo da sua família? A nossa família de origem, a de sangue, nós devemos todo o respeito e gratidão pela nossa vida. Mas nem sempre nos sentimos pertencentes a ela. Às vezes nos sentimos como um patinho feio, como se fôssemos diferentes. Isso não significa que devemos deixa-la para trás, esquecer que ela existe. Mas a nossa alma sabe nos conduzir para o nosso lugar no mundo, principalmente para onde possamos evoluir e cumprir a nossa missão.

Essa família de alma, essas pessoas que são parecidas conosco, nos ajudam a encontrar o nosso próprio voo, e nos trazem um sentimento de pertencimento, de que temos um lugar na vida e que temos valor.
E você neste momento, está se sentindo como um patinho feio ou como um cisne?
Você sente que está onde deveria estar? Ou que esse não é o seu lugar?
Seja o que for que você esteja sentindo, não desista de si mesmo.
Você pode desistir do lugar onde está, do seu trabalho, do seu relacionamento, de qualquer coisa que o faça se sentir diminuído, com baixa autoestima e sem valor.
Mas vá ao encontro de si mesmo, do seu verdadeiro eu, da sua essência que eu tenho certeza que é maravilhosa. Acredite em si mesmo e resgate-se!

Cristie Ochiai

Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing

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