Você provavelmente já ouviu falar muito sobre a inteligência emocional nos últimos tempos. E hoje, sabemos que geralmente as pessoas são contratadas profissionalmente por causa das habilidades e competências, mas são desligadas por causa das atitudes. E é por isso que ter inteligência emocional é tão importante: saber porque pensamos, sentimos e agimos de determinada forma e o que está por trás disso.
Às vezes, numa determinada função no trabalho, não podemos dar o nosso melhor porque a função em si não permite explorar o que temos de melhor. E hoje, os neurocientistas tem dado especial atenção em um outro tipo de inteligência: a espiritual, que afeta de forma bastante significativa a vida de quem a usa.
Estudos descobriram que, quem tem a fé como base de vida, no momento em que oram, algumas áreas do cérebro são ativadas. Essas áreas são responsáveis pela produção do ácido Gaba, um neurotransmissor que traz sensações de relaxamento, sono e concentração, além do aumento de ocitocina, o hormônio vinculado à aprendizagem, ao prazer e ao amor. Os cientistas descobriram que existe um local no cérebro onde as atividades religiosas são registradas, o ponto de Deus, localizado nos lobos temporais (uma parte do cérebro acima das orelhas). Esse lobo temporal tem várias funções, tais como reconhecimento visual, percepções auditivas, memórias e emoções. Quando essas áreas são ativadas nos momentos de espiritualidade, temos melhores insights, nos tornamos mais criativos. A criatividade e a fé usam a mesma área do cérebro.
Segundo um estudo feito por Stephen Covey, a inteligência espiritual é a alavanca de todas as inteligências. É ela que está na base do nosso propósito para um mundo melhor, quando nos conectamos profundamente conosco e com os outros, é a base da harmonia interior e está ligada aos valores e crenças que temos.
Todos nascemos com essa inteligência espiritual, embora a forma como ela aconteça, seja cultural. Esse ponto de Deus não tem nada a ver com religiosidade e sim, com os hormônios que afloram as melhores sensações nos momentos de introspecção e concentração. Sendo assim, um ateu também pode ativá-lo, ainda que de outra forma, que não seja a oração propriamente dita. Isso quer dizer que esse tipo de inteligência não está ligado às religiões. O uso da inteligência espiritual está ligado ao estado emocional, o que leva pessoas com problemas emocionais, tais como baixa autoestima, ansiedade e medo, a terem mais dificuldade em acessar o ponto de Deus. É por isso que o equilíbrio entre todas as inteligências, é necessário (inteligência racional, emocional e espiritual). Quando a pessoa está num grande desequilíbrio emocional, fica difícil acessar a inteligência espiritual.
Ainda que fé e razão pareçam andar em caminhos opostos, a Inteligência espiritual não perde o seu sentido. E mesmo que uma pessoa não professe uma fé ligada a uma religião, a inteligência espiritual pode ser estimulada, ajudando a desenvolver pontos importantes, que podem ser uma base que a incentive a querer ser um ser humano melhor para si e para o mundo, aumentando o sentimento de compaixão e diminuindo o egoísmo.
Cristie Ochiai
Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing