Paz e Bem, meu amigo e irmão, estamos falando de Santa Clara “Plantinha” do Pai Seráfico.
Os milagres de Santa Clara depois de sua morte
A estas palavras, ela recebeu o espírito de compunção e mudou sua vida bem valorosamente para melhor. Pouco tempo depois, já curada do tumor, morreu de outra doença. A região costumava ser assolada pela ferocidade cruel dos lobos que, atacando os próprios homens, muitas vezes comiam carne humana. Uma mulher chamada Bona, de Monte Galiano, na diocese de Assis, tinha dois filhos. Mal acabara de chorar por um, que os lobos tinham arrebatado, quando eles se precipitaram com a mesma ferocidade sobre o segundo. A mãe estava em casa, nos afazeres familiares. O lobo meteu os dentes no menino que andava lá fora e, mordendo-o pela cabeça, correu depressa para o mato com a presa. Ouvindo os gritos do menino, os homens que estavam nas vinhas gritaram para a mãe, dizendo: “Veja se seu filho está em casa, porque ouvimos há pouco uns gritos estranhos”. Quando a mãe viu que o filho tinha sido levado pelo lobo, levantou seus clamores para o alto e, enchendo o ar de gritos, invocou a virgem Clara, dizendo: “Santa e gloriosa Clara, devolva meu pobre filho. Devolva, devolva o filhinho à mãe infeliz. Se não fizer isso, vou me matar na água”. Os vizinhos correram atrás do lobo e encontraram o menininho abandonado por ele na selva, com um cachorro lambendo suas feridas. O animal selvagem começara mordendo a cabeça; depois, para levar mais facilmente a presa, abocanhou-a pela cintura, deixando marcas profundas da mordida nos dois lados. A mulher, vendo atendido seu pedido, correu com as vizinhas para sua protetora e, mostrando as diversas feridas do menino a quem quisesse ver, deu muitas graças a Deus e a Santa Clara. Uma menina do castelo de Canara sentara-se em pleno dia no campo com outra mulher, reclinando a cabeça em seu regaço. Então, um lobo à caça de gente chegou furtivamente à presa. A menina viu-o, mas achou que era um cão e não se assustou. Continuou a acariciar os cabelos e a fera truculenta avançou em cima dela, prendeu-lhe o rosto com suas amplas fauces abertas e correu com a presa para o mato. A mulher assustada levantou-se depressa e, lembrando-se de Santa Clara, começou a gritar: “Socorro, Santa Clara, socorro! Eu lhe encomendo agora está menina! ”. Então, coisa incrível, a que estava sendo levada nos dentes do lobo encrespou-o: “Você ainda vai me levar, ladrão, depois que me encomendaram a tão santa virgem? ”. Confundido, ele a depositou logo suavemente no chão e fugiu, como um ladrão surpreendido. Quando se espalhou a notícia desses milagres e a fama das virtudes da santa começou a se propagar cada vez mais amplamente, estava na Sé de Pedro o clementíssimo príncipe senhor Alexandre IV, amigo de toda santidade, protetor dos religiosos e firme coluna das Ordens. Todo o mundo já esperava com grande desejo a canonização de tão insigne virgem. Por fim, o referido pontífice, como que levado pelo acúmulo de tantos milagres a uma decisão insólita, começou a tratar com os cardeais de sua canonização. …
Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa
Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.