Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos falar sobre o bem-aventurado Francisco.

PRIMEIRO LIVRO de Tomás de Celano – Primeira Vida.

 

Para louvor e glória de Deus todo-poderoso Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Começa a vida do nosso beatíssimo Pai Francisco.

 

Como sua mãe o soltou e como se despiu diante do bispo de Assis

Mas, como a paciência vale mais que a arrogância, o servo de Deus se fazia surdo a tudo isso e, sem se ofender ou abater, dava graças a Deus por todas as coisas. Pois é em vão que o iníquo persegue quem busca a honestidade: quanto mais for ultrajado, maior sua vitória. O coração generoso, disse um autor, torna-se mais forte com o desprezo. Mas o tumulto pelas praças e ruas da cidade durou tanto, ouvindo-se em toda parte o clamor dos que o insultavam, que, entre os muitos a cujos ouvidos chegou, estava também seu pai. Ouvindo o nome do filho, e que estava sendo comprometido nesse tipo de conversa por seus concidadãos, levantou-se imediatamente, não para libertá-lo mas para prendê-lo. Sem moderação alguma, partiu como um lobo para cima da ovelha e, olhando-o com truculência, arrastou-o com modos indignos e afrontosos para casa. Sem qualquer compaixão, prendeu-o por muitos dias em um lugar escuro e, querendo dobrá-lo para seu modo de ver, agiu primeiro com palavras e depois com chicotadas e algemas. Com isso tudo, o próprio Francisco ficou ainda mais pronto e decidido a seguir seu santo propósito, e sem se convencer com as palavras, nem se cansar da cadeia, não perdeu a paciência. Não são castigos e algemas que vão mudar a maneira correta de pensar e de agir, ou afastar do rebanho de Cristo aquele que aprendeu que deve se alegrar nas tribulações. Não treme diante de um dilúvio de muitas águas quem, na hora do aperto, se refugia no Filho de Deus, o qual, para que nossas tribulações não nos pareçam insuportáveis, sempre mostra que já passou por coisas piores.  Aconteceu que seu pai precisou ausentar-se, pela urgência dos negócios, por algum tempo, deixando o homem de Deus preso no calabouço. A mãe, que ficou sozinha com ele em casa, e não aprovava o procedimento do marido, dirigiu-se ao filho com palavras ternas. Mas, vendo que não conseguia fazê-lo mudar de opinião, sentiu seu coração materno se enternecer e, soltando as correntes, deixou-o sair. Ele deu graças a Deus e voltou depressa para o lugar onde estivera antes. Provado pelas tentações, gozava agora de maior liberdade e, depois de tantas lutas, adquirira um ânimo mais sereno. As dificuldades lhe deram maior segurança, e começou a andar mais confiante e livre por toda parte. Nesse meio tempo, o pai estava de volta. Não o tendo encontrado, acumulando seus desatinos, armou uma gritaria com sua mulher. Depois, irado e ameaçador, correu em busca do filho, decidido a expulsá-lo da região, se não conseguisse traze-lo de volta. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa

Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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