O tema acima é de um livro do biólogo, Bruce Lipton, que diz que o meio é capaz de provocar mudanças significativas nas pessoas, muito além da genética. Um estudo feito por ele com três células colocadas em três ambientes diferentes, fez com as células se adaptassem e modificassem a sua composição. Trazendo isso para o nosso corpo, o ambiente, o meio, é o nosso sangue. E sabe o que influencia bastante o nosso sangue? Os nossos pensamentos, nossos hábitos de vida e nossas ações.

O que Lipton propõe é que podemos mudar radicalmente a nossa vida, mudando os nossos pensamentos, hábitos e ações. Podemos emagrecer, ter mais energia, ficar mais ágeis, espertos? De acordo com estudos que ele fez, sim, porque isso não é determinado pelos nossos genes. Para um melhor entendimento, ele dividiu a mente em duas partes: consciente e inconsciente.
O consciente é onde está a nossa razão, nossas paixões, desejos e o inconsciente é onde estão nossos hábitos. Por que isso é importante? Porque 90% das vezes é o nosso inconsciente que está nos controlando. Já aconteceu de você acordar todo disposto a fazer várias coisas e no final do dia, não fez quase nada do que havia planejado?

Isso é porque no seu inconsciente há programas que estão determinado a forma como você vai pensar, sentir e agir e isso é feito de forma automática. Nem sempre esses programas estão a nosso favor. É como se tivéssemos softwares (programas) com defeito, que não funcionam da forma como gostaríamos. E de onde vem esses programas? Principalmente das experiências que tivemos da concepção aos 7 anos. Então, se durante a gravidez, a mãe passou por períodos de muita ansiedade e estresse, tudo isso vai alterar o sangue dela (com hormônios do estresse) e consequentemente, o bebê vai ser afetado, porque o meio influencia os genes. E até os 7 anos de idade, as crianças vivem num padrão de aprendizagem.

O cérebro delas vibra na frequência theta, que funciona como um “gravador”, porque neste período a criança precisa aprender muitas coisas (falar, comer sozinha, andar, etc). E tudo o que é falado, ela vai gravando, sem saber que o que está sendo falado é bom para ela ou não. Esse é o meio em que vivemos.
Se uma criança cresce ouvindo que ela não faz nada direito, que ela é burra, que é chata, gorda, magrela, fraca da cabeça, doente, adivinha que tipo de adulto vai se tornar?
Tudo isso vai se tornar parte dos programas que vão determinar a vida que vamos ter, a saúde, o nosso desempenho escolar, o sucesso profissional. Se você cresce ouvindo que o dinheiro é sujo, que a ambição é um defeito, você acha que vai ter sucesso financeiro? Se você cresce carente de afeto e atenção e usa a comida para te trazer conforto, como você acha que vai ser a sua relação com a comida?

O fato de haver pessoas na sua família que tem determinados tipos de doença, não significa que você também vai desenvolvê-las. Pode ser que desenvolva porque você vive no mesmo meio, com os mesmos tipos de hábitos, mas se você fizer um trabalho de autoconhecimento e mudar o ambiente interno (o que acontece dentro de você) e assim, ter outro tipo de interação com o que acontece fora, certamente não será vítima do mesmo destino.

Cristie Ochiai
Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing

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