Você sabia que nós passamos quase a metade do tempo das nossas horas de vigília (quando estamos acordados) sem viver o presente? E o que fazemos durante esse tempo?
Estamos falando sozinhos, usando a linguagem silenciosa para refletir sobre a vida. Mas nem sempre isso é feito de forma boa para nós. Muitas vezes essa “tagarelice” é o lado negro dessa voz interior.

Quando temos um problema, muitas vezes ficamos ruminando aquilo, nos preocupando, imaginando uma catástrofe. Ficamos presos num ciclo negativo que usa essa ferramenta incrível que possuímos, essa voz interior, e a transforma em um torturador, quando poderíamos achar uma solução para o problema.

O lado bom dessa voz interior é que ela nos permite simular e planejar. Por exemplo, antes de uma apresentação, repassamos mentalmente o que vamos dizer, o que vamos colocar em discussão, que tipo de perguntas o público vai fazer e como vamos responder.
Essa voz interior também nos ajuda no autocontrole. Às vezes, quando estamos muito bravos, ficamos com vontade de xingar a pessoa que quis nos ofender. Mas vem aquela voz e diz: “Não faça isso minha filha, você vai se arrepender”!

Imagem de Thomas Wolter por Pixabay

Além disso, ela nos permite “armazenar” nossas vidas, voltando nossa atenção para dentro para criar alguma narrativa que explique nossas experiências e assim, vamos formando nossa identidade.
Nesses casos, a voz interior pode se uma fonte importante de ajuda, mas outras vezes, ela é o nosso carrasco.
Primeiramente, pode nos tirar do foco de algo, porque essa conversa consome nossa atenção.

Pode também criar atrito em relacionamentos porque você fica ruminando algumas coisas e tendo pensamentos ruins sobre elas, além disso, tornar-se um péssimo ouvinte.
Também pode nos deixar irritados e assim, acabamos reagindo agressivamente, de forma gratuita.
O pior são os efeitos graves e negativos para a saúde física. O estresse prolongado, por causa dessa conversa interna negativa interminável, sobre algo que aconteceu pode provocar reações no nosso corpo muito prejudiciais, como doenças cardiovasculares e até câncer.

A boa notícia é que podemos controlar isso, pelo menos em parte.
Um ambiente organizado pode te ajudar a organizar a sua mente também. Imagine se você precisa resolver um problema e está num quarto totalmente bagunçado?
Alguns rituais também podem te ajudar. Por exemplo, quando você tem um jogo importante, durante o intervalo você pode usar técnicas de respiração para se acalmar ou até mesmo orar.

Não existem ferramentas que funcionem para todas as pessoas para ajudar a gerencias suas conversas. Mas você pode descobrir o que funciona melhor para você.

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