Artigo

Já refletimos em outros momentos que a História Pública – poderosa e instigante categoria da ciência histórica – tem muitas moradas. O museu, os centros de documentação, o jornal, os equipamentos históricos comunitários, as arquiteturas, a internet, entre outros, oferecem contribuições conceituais de interesse amplo para o fomento de percepções das narrativas históricas e produção de sentidos sobre o sujeito, o território  – físico e/ou dos simbólico -. Há muito o que refletir sobre esta, para conseguir encontrar o (s) caminho (s) que a legitima. Mas, hoje, quero convidá-lo a pensar sobre a História da Arte. Claro que não tenho a pretensão de esmiuçar cientificamente o constructo que apresenta uma história da arte acabada. Ela é configurada por processos, intervenções (do tempo e do ser humano).

A história que conhecemos, sobre os povos da humanidade, em grande parte, é oriunda das narrativas da expressão pictográfica. Desde os períodos rupestres, há intensa manifestação comunicacional pela percepção estética (o que chamamos de arte), produzida pelos homens e mulheres daquele tempo. São algumas das mais importantes referências da historicidade. Muito do que sabemos sobre eles, coletamos nestas representações: suas formas ritualísticas, de socialização, percepções do espaço, dos perigos, das relações com a natureza. Com o surgimento da Idade Antiga (Civilizações da Antiguidade  pré-clássicas ou clássicas / Assíria, Acádia, Pérsia, Suméria, Babilônia, Índia, China, os Ameríndios), novas formas de contar a história por meio das expressões artísticas vão se modelando e desenvolvendo ao tempo. Eu acho incrível este processo do tempo, muito ligado à expressão estética. A arte é o fundamento das narrativas discursivas na história dos povos.

E o que isso tem a ver com a História Pública? Eu responderia esta pergunta com outra: Por que nos interessamos por Cleópatra, Livro dos Mortos, Múmias, Pirâmides, Cavernas, Monumentalidades? Porque a história instiga-nos à curiosidade da aprendizagem, das significações, das representações sociais e culturais, dos sentidos. Boa leitura. Até a próxima!

Tiago Silvio Dedoné
Mestre em Formação de Gestores Educacionais; Jornalista e Pedagogo; Doutorando em Educação (PUC/PR); Doutorando em História (UPF/RS); Mestrando em História Pública (UNESPAR); Professor na Educação Básica (Colégio ECEL) e no Ensino Superior (Faculdade Dom Bosco)

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