Quem nunca se sentiu rejeitado e achou que estaria destruído para sempre?
O que nós não temos consciência é que nós rejeitamos e somos rejeitados o tempo todo.
Tudo o que nós fazemos diariamente são frutos de escolhas e escolher, envolve optar por uma coisa e rejeitar outra (as).
Você escolhe tomar café e não, chá. Você escolhe ir por este caminho e não, por aquele. Você escolhe telefonar para este cliente primeiro e não, para outro.
Nós temos milhares de “listas internas” baseadas em princípios, valores, gostos, necessidades, urgências, etc. E estas listas norteiam as nossas decisões, nossas escolhas e consequentemente, as rejeições que fazemos, desde a simples escolha do que comer no café da manhã, até a pessoa com a qual vamos nos relacionar. As rejeições nem sempre são dolorosas. Na maioria das vezes elas passam despercebidas. Mas é claro que é muito mais doloroso receber uma rejeição do que rejeitar, principalmente se for por alguém que gostamos, por um trabalho que almejamos.
O que nós precisamos entender é que, nem sempre a rejeição que sofremos é pessoal. O que acontece é que escolhemos e somos escolhidos da maneira que nos é mais favorável naquele momento. E nem sempre isso é definitivo. As situações mudam, os contextos, nós mudamos e consequentemente, as decisões e escolhas.
Por esta razão e para o nosso próprio bem, não devemos nos ater às rejeições que sofremos, a não ser que seja para melhorarmos em alguns aspectos, para crescer de alguma forma, mas com o objetivo de seguir em frente. Não podemos deixar que cada rejeição mais significativa, se torne uma bola de ferro atada aos nossos tornozelos, diminuindo a nossa autoestima, nos fazendo acreditar que temos menos valor por sermos o que somos.
Cada escolha, seja a nossa ou a do outro é baseada no que é melhor para cada um. Isso não significa que, não sermos escolhidos, é ruim para nós. Isso pode até nos poupar de dissabores futuros e de estar num lugar ou com alguém onde não há sintonia de ideias e de objetivos.
Vale lembrar que se nos sentimos constantemente rejeitados, talvez isso esteja mostrando que precisamos buscar no nosso íntimo, feridas não cicatrizadas por acontecimentos, principalmente na infância, quando  a nossa personalidade é formada. Não são os fatos que nos fazem mal, mas a interpretação que fazemos deles.
Caso você perceba que isso está acontecendo, não tenha vergonha de procurar ajuda. Nós não sabemos de tudo e não temos controle sobre tudo. Estamos constantemente aprendendo sobre nós mesmos e sobre o que é viver.

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