Dias atrás, vi uma publicação numa rede social falando sobre um jovem estudante de origem asiática, que foi agredido na Inglaterra, por ter a aparência das pessoas daquele país, fonte de origem do corona vírus.
De acordo com o relato dele, o preconceito racial já existia. O vírus foi somente um gatilho que disparou aquele ato de ódio por pessoas diferentes.
Todos nós temos a necessidade de “pertencer” a um grupo e primariamente, o familiar. Quem não obedecer às regras inerentes a esse grupo, muitas vezes é excluído.
O “diferente” incomoda. O diferente gera desconforto.
Quantas vezes vemos nas redes sociais os seguintes dizeres: “Se você não tem preconceito, curta/compartilhe!” E logo abaixo, uma foto de uma pessoa com necessidades especiais, algum tipo de doença ou com determinado tipo de cor de pele.
Vamos ser sinceros: todos nós temos características que nos tornam únicos. Mesmo dentro de um grupo ao qual pertencemos, cada um é diferente.
Existem sim, algumas características e comportamentos que nos equiparam, e é por isso que pertencemos ao grupo.
Mas ser diferente, é um fato. Todos nós somos, inclusive os gêmeos idênticos.
E aqui eu estou falando apenas de características, e não como segregação.
E é aí que está a riqueza da convivência com pessoas diferentes de nós: o aprendizado.
Aprender sobre as diferenças – sobre os diferentes pontos de vista, diferentes necessidades, sobre as diferentes culturas, sobre histórias, sobre vivências.
Aprender principalmente sobre a tolerância, o respeito e a aceitação de que somos diferentes, mas ao mesmo tempo, iguais – somos seres humanos.
As crianças são um bom exemplo: são desprovidas de preconceitos, porque isso é aprendido. Sabem que há características que os diferenciam, mas na cabeça deles isso não importa. São apenas crianças. Um bom exemplo é o de dois amigos de diferentes etnias, que decidiram fazer o mesmo corte de cabelo para confundir a professora. Na concepção deles, o que os diferenciava era apenas o corte de cabelo.
Se nós fôssemos mais tolerantes e sábios, teríamos a consciência de que com a contribuição de cada um, através das suas experiências e diferenças, poderíamos unir forças para tornar o mundo melhor para todos.