A nossa língua é a faca mais afiada no mundo e a arma mais perigosa é a palavra, porque ela pode matar a pessoa internamente sem nenhum corte.

Nossas palavras são nossa a força, mas ela também pode ser a nossa maior fraqueza se não soubermos o que, quando, onde e como abrir a nossa boca para falar. Se usarmos palavras corretas com uma intenção correta, na hora certa, isso nos tornará uma pessoa de sucesso. Mas se não usarmos as palavras certas, na hora certa com a intenção correta, isso tornará a nossa vida muito ruim. Então, gostaria de contar a vocês uma história sobre o silêncio, e isso possibilitará que você tenha uma outra perspectiva sobre a vida, e veja o poder que o silêncio tem.

Havia um homem muito sábio e famoso chamado Walter. Ele vivia sozinho, perto de uma floresta, bem longe do barulho do mundo. Por ser um homem bastante meditativo e iluminado, era uma pessoa de destaque na região. Um dia, um líder das redondezas chamado Pedro, foi conversar com ele e contou-lhe que sempre se sentia exausto, frustrado e indeciso. Sua mente estava num estado caótico, embora tivesse tudo o que a maioria das pessoas almejava: dinheiro, fama e facilidades, mas queria saber porque havia tanta ansiedade e distúrbios dentro de si.

Então, Walter respondeu-lhe que ele já sabia a resposta à pergunta, e que apenas nunca a tinha procurado. Disse a Pedro se gostaria de fazer um experimento e se aceitaria. “Se você seguir o que eu disser, não haverá mais distúrbios ou ansiedade na sua vida”. O líder ficou surpreso com tal proposta e pediu-lhe que dissesse o que ele teria que fazer. O sábio propôs que pelos próximos dez dias Pedro permanecesse na casa dele, naquele local totalmente retirado, vivendo como uma pessoa comum, permanecendo sentado e em silêncio, falando o mínimo possível. Pedro concordou.

No primeiro dia, ele sentiu que a mente dele estava mais perturbada e caótica que o normal. Havia muitas perguntas surgindo e ele se sentia desconfortável por viver como uma pessoa comum. Mesmo assim ele permaneceu em silêncio, sem dizer uma palavra. Ele apenas permanecia sentado em silêncio. Mas à noite começou a experimentar um pouco de satisfação dentro dele, achou aquilo meio estranho e se perguntou porque lá no fundo ele estava sentindo alegria, e a ansiedade e inquietude estavam começando a diminuir.
No dia seguinte, ele sentou-se quieto, sozinho, observando a natureza, as flores, os pássaros voando e pela primeira vez na vida ele viu a riqueza e a serenidade em tudo isso. A semana passou desta forma, sem ansiedade, depressão e inquietude.

No oitavo dia ele sentou-se automaticamente, fechou os olhos em meditação, sentindo paz e alegria. E ao final deste dia, ele foi até o sábio para dizer que tinha encontrado respostas para tanta ansiedade e turbulência que ele vinha carregando dentro de si. Contou-lhe que ele costumava falar mais do que necessário, desperdiçava palavras com qualquer pessoa, falando bobagens, muitas vezes. Assim, desperdiçava energia e se mantinha num estado de pensamentos negativos que o cansava e o impedia de trabalhar apropriadamente. Isso o fazia falhar e como consequência tornou-se deprimido e irritado.

Não é preciso meditar para se sentir melhor. Mas é necessário que sejamos capazes de nos mantermos mais em silêncio, observando como interagimos com o mundo à nossa volta.
Isso pode nos possibilitar conhecer melhor as pessoas do nosso convívio, apreciar cada milagre diário (começando pelo momento que acordamos) e sobretudo, agradecer pela oportunidade que nos foi dada: a vida.

Cristie Ochiai  

Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing

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