Dia desses, conversando com um especialista em Mediação de Conflitos para definirmos o tema de uma Live que faríamos, surgiu a ideia de falar sobre o bem-estar, um assunto muito amplo, com variáveis incontáveis.
Penso que quase tudo o que fazemos está relacionado à busca do bem-estar ou da felicidade, seja profissionalmente, quando queremos alcançar outros patamares ou pessoalmente, em busca das nossas conquistas emocionais ou materiais. Mas será que nós temos consciência de que a forma como buscamos e o que buscamos, nem sempre nos traz bem-estar, qualidade de vida? Acredito que não.
Nós levamos a vida muito seriamente na maior parte do tempo sem deixar espaço para a diversão, a alegria e as brincadeiras. Nos esquecemos de prestar atenção ao que está acontecendo no aqui e agora, permanecendo acorrentados a bolas de ferro de lembranças ruins do passado ou com a mente no futuro, cheia de preocupações.
A vida não precisa ser tão séria assim. Precisamos nos lembrar que ela não dura para sempre, o tempo que a maioria de nós gostaria. Aquele telefonema que ficamos de dar para aquele amigo ou parente quando tivéssemos tempo, pode acabar não acontecendo.
Quando nós tivermos a consciência da impermanência de tudo, talvez então sejamos capazes de levar a vida de forma mais leve. A maioria de nós vive numa batalha, numa correria louca para conseguir dinheiro extra, e sejamos sinceros, para impressionar aos outros, impressionar pessoas que nem ligam para nós.
Para que? Isso não tem nada a ver com o nosso valor como seres humanos. Talvez não precisemos nos estressar tanto com o nosso peso, com a nossa pele, com a conta bancária ou com o que as pessoas pensam sobre nós. Talvez a vida não precise ser encarada como uma luta para chegar a algum lugar que nem sempre vai nos trazer bem-estar. Talvez ela precise ser encarada como uma jornada a ser apreciada, como andar a pé na rua tocando as folhas das árvores, observando os passarinhos voando¸ percebendo a alegria de uma mãe com uma criança no colo, prestando atenção em como as plantas e árvores parecem alegres depois de chover.
A estimulação exagerada à qual estamos expostos diariamente está nos deixando anestesiados para essas coisas simples da vida. Estamos perdendo a conexão com a natureza, com as pessoas, com a nossa parte divina.
O que ganhamos passando horas do nosso dia em redes sociais? O que perdemos? É só prestar atenção a quantas pessoas estão em depressão ou com transtornos de ansiedade.
Então, vamos prestar atenção às coisas simples que nos trazem alegria, paz e paixão pela vida?
Isso não é uma fórmula. É apenas uma decisão que pode nos ajudar a VIVER!