(Parte I)

Olá, leitores. Espero que todos estejam bem. Estive por alguns dias ausente, aqui na coluna, em razão de outros compromissos de pesquisas. Estou de volta e bastante empolgado para continuarmos a pensar sobre os pressupostos dos campos da Educação, Comunicação, História (com ênfase na História Pública, meu objeto de pesquisa no mestrado e doutorado). Portanto, hoje, convido-os à reflexão sobre Identidade, Cuoltura e Memória.  Se faz necessário perceber que a construção da identidade cultural pode ser um processo contínuo e com possibilidades de (re) norteamentos ao longo do tempo histórico e das intervenções dos personagens e outras manifestações da modernidade. Neste sentido outras questões vêm à minha mente como provocação: como as identidades culturais são afetadas pela globalização? Como as novas tecnologias contribuem – ou não – no processo de formação da identidade cultural? E como isso provoca o (re) norteamento de sentidos históricos acerca dos patrimônios?

Um fato: hoje, há uma sociedade muito mais conectada, com o fluxo (des) informações muito mais ampliada, com um sentido da apropriação informacional muito mais raso em detrimento da quantidade de dados que recebemos dia após dia sem o tempo hábil – e a capacidade  – para a decodificação de muitas destas informações as quais recebemos. É um ecossistema comunicacional transverso contínuo que desorganiza algumas percepções de mundo, de raízes. Neste sentido, se faz necessário, também, questionar: será que a identidade cultural mantém, ainda, as questões relativas às suas raízes históricas de maneira intocada? Será que podemos, diante deste cenário, falar de homogeneização cultural em uma época dinâmica de intersecções como hoje?

Portanto, para entender melhor isso, precisamos retomar o conceito base do que é a Identidade Cultural. De maneira geral, é o sentimento de pertencimento de um indivíduo, grupo ou cultura. Há uma ligação com o conceito de referência, de sentimento, de se identificar. Está ligado à cultura porque refere-se ao conjunto de símbolos e elementos de um povo, de um indivíduo e até mesmo ao hibridismo que também se manifesta em determinações construções da identidade cultural. Entre os vários autores que nos aportam nesta conceituação, está Stuart Hall (2005). Na obra “A identidade Cultural na pós-modernidade”, ao pensar o sujeito na modernidade, ele foi trabalhar o que é o homem diante das relações interculturais no mundo ocidental. Objeto para o nosso próximo encontro. Até lá!

Tiago Silvio Dedoné
Mestre em Formação de Gestores Educacionais; Jornalista e Pedagogo; Doutorando em Educação (PUC/PR); Doutorando em História (UPF/RS); Mestrando em História Pública (UNESPAR); Professor na Educação Básica (Colégio ECEL) e no Ensino Superior (Faculdade Dom Bosco)

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