O bairro Uberaba, em Curitiba, será o primeiro do Paraná a receber o projeto Carretas do Conhecimento, idealizado pelo Governo do Paraná, através da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, em parceria com a Volkswagen e o Senai-PR. A previsão é capacitar cerca de duas mil pessoas com oito escolas móveis apenas nesse segundo semestre, em 46 cidades de todas as regiões. Bandeirantes foi contemplada e será um dos municípios a receber o projeto ao lado das cidades vizinhas: Cornélio Procópio, Andirá, Assaí e Cambará.
O programa Carretas do Conhecimento foi lançado nesta quinta-feira (5), em solenidade com o governador Carlos Massa Ratinho Junior; o presidente e CEO da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si; o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo; e o secretário da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost. A ideia, afirmou o governador, é levar qualificação profissional para que o Paraná continue a sua trajetória de consolidação dos empregos, com oportunidade de vagas e mão de obra preparada. “Uma indústria para se instalar num Estado precisa de mão de obra qualificada. Vamos começar com 46 municípios e aulas de diversos ramos”, afirmou. “É uma demonstração de que o Poder Público e iniciativa privada podem juntar forças e facilitar a vida do paranaense para encontrar um emprego”.
Pelo projeto Carreta do Conhecimento serão oferecidos à população cursos de panificação, costura industrial, aperfeiçoamento em mecânica industrial, manutenção e instalação de ar-condicionado split, mecânica de automóveis, aperfeiçoamento em eletricidade automotiva, noções de mecânica de motocicleta e instalações elétricas prediais. As certificações serão encaminhadas diretamente para as Agências do Trabalhador, dinamizando os processos de contratação. “O maior projeto social que o Estado pode oferecer é gerar oportunidades para que as pessoas tenham emprego, e a partir disso possam trazer sustento para dentro das suas casas”, afirmou Ratinho Junior. “A Carreta do Conhecimento vai girar o Paraná levando treinamento para os nossos jovens e trabalhadores, para que possam conseguir com mais facilidade o seu emprego. Vai ser um projeto referência para o Brasil”. Ele citou a atração de R$ 12,5 bilhões de investimentos privados, criação de mais de 100 mil empresas e geração de 39.737 novos empregos apenas no primeiro semestre.
De acordo com o secretário da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, essa é mais uma oportunidade para quem procura se aperfeiçoar e se qualificar na área em que atua, gerando mais emprego e renda. “Estamos qualificando mão de obra. Conseguimos consolidar essa parceria com o Senai e a Volkswagen, proporcionando a oportunidade de cursos profissionalizantes. Ao qualificar-se, o cidadão também tem possibilidade de incremento de remuneração”, afirmou. Leprevost também disse que cada município será responsável pela divulgação e pelas adesões.
PARCERIAS – O projeto é uma das contrapartidas do Protocolo de Intenções firmado pela Volkswagen com o Governo do Estado em 2013, através do Programa Paraná Competitivo, que estabelece condições gerais para os investimentos na fábrica de São José dos Pinhais. Recentemente, a empresa anunciou aportes de R$ 2 bilhões na unidade para a produção do T-Cross, primeiro SUV da marca no Brasil, que resultou na recontratação de 500 pessoas que estavam em layoff (suspensão temporária dos contratos) e contratação de 60 novos profissionais.
Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina, destacou que a empresa está orgulhosa em investir na qualificação profissional no Estado. “É fundamental para a responsabilidade social da empresa. É uma fórmula de sucesso. A Volkswagen tem um compromisso com o Paraná”, explicou.
Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), disse que qualificar as pessoas nas suas próprias cidades é uma ação mais assertiva do Poder Público. “O Senai entra com os técnicos e a expertise de 75 anos. Durante esse tempo mais de 65 milhões de pessoas já foram qualificadas. No Paraná passa de seis milhões de pessoas. O Sistema S dá sua devolução àquela arrecadação que as indústrias pagam para levar qualidade de vida melhor para as pessoas”, emendou. (Da assessoria).