Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos falar sobre o bem-aventurado Francisco. 

PRIMEIRO LIVRO de Tomás de Celano – Primeira Vida.

Para louvor e glória de Deus todo-poderoso Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Começa a vida do nosso beatíssimo Pai Francisco.

Como tinha conduta e mentalidade mundanas.

Vivia na cidade de Assis, na região do vale de Espoleto, um homem chamado Francisco. Desde os primeiros anos foi criado pelos pais com arrogância, ao sabor das vaidades do mundo. Imitou-lhes por muito tempo a via mesquinha e os costumes e tornou-se ainda mais arrogante e vaidoso. Esse péssimo costume difundiu-se por toda parte, entre os que se dizem cristãos, como se fosse lei pública, tão confirmada e preceituada em toda parte que procuram educar seus filhos desde o berço com muito relaxamento e dissolução. Apenas nascidas, mal começam a balbuciar e a falar, as crianças aprendem, por gestos e palavras, coisas vergonhosas e verdadeiramente abomináveis. Na idade de abandonarem o seio materno, são levadas não só a falar mas também a fazer coisas indecentes e lascivas. E nenhuma delas ousa, impressionada pelo temor da idade, comportar-se honestamente, pois isso as poderia expor a castigos severos. Bem disse o poeta pagão: “Como crescemos no meio dos hábitos de nossos pais, desde a infância acompanham-nos todos os males”. Este testemunho é bem verdadeiro, pois quanto mais perniciosa é para as crianças a condescendência dos pais, tanto mais elas se sentem felizes em lhes obedecer. Quando crescem mais um pouco, caem por si mesmas em práticas cada vez piores. Uma árvore de raízes más só pode ser má, e o que foi pervertido uma vez dificilmente poderá ser endireitado. Quando chegam às portas da adolescência, que poderão ser esses jovens? Então, no turbilhão de toda sorte de prazeres, sendo-lhes permitido fazer tudo que lhes apraz, entregam-se de corpo e alma aos vícios. Assim, escravos voluntários do pecado, fazem de todos os seus membros instrumentos de iniquidade. Sem nada conservar da religiosidade cristã em sua vida e em seus costumes, defendem-se apenas com o nome de cristãos. Esses infelizes muitas vezes até fingem ter feito coisas piores do que de fato fizeram, para não passarem por mais vis na medida em que são mais inocentes. Nesses tristes princípios foi educado desde a infância o homem que hoje veneramos como santo, porque de fato é santo. Neles perdeu e consumiu miseravelmente o seu tempo quase até os vinte e cinco anos. Pior ainda: superou desgraçadamente os jovens da sua idade nas frivolidades e se apresentava mais generosamente como um incitador para o mal e um rival em loucuras. Todos o admiravam e ele procurava sobrepujar aos outros no fausto da vanglória, nos jogos, nos passatempos, nas risadas e nas conversas fúteis, nas canções e nas roupas delicadas e luxuosas. …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa

Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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