Franciscologia

Paz e Bem, meu amigo e irmão, vamos continuar falando sobre São Francisco de Assis. Agora o SEGUNDO LIVRO de Tomás de Celano. Sobre alguns que dão maus exemplos e sobre a maldição do santo para eles, e como achava isso grave.

O santo levantou-se na mesma hora, ergueu as mãos para o céu e, banhado em lágrimas, prorrompeu nesta oração, ou até melhor, nesta imprecação: “Senhor Jesus Cristo, que escolhestes doze apóstolos. Um deles caiu, mas os outros ficaram unidos a vós e pregaram o Evangelho cheios do mesmo espírito. Senhor, lembrando-vos nesta última hora da antiga misericórdia, plantastes uma religião de irmãos, para apoiar a fé e cumprir através deles o mistério de vosso Evangelho. Quem vai poder satisfazer por eles diante de vós, pois não só deixam de dar a todos os exemplos luminosos daquilo para que foram enviados, mas estão até apresentando obras das trevas? Que sejam amaldiçoados por vós, santíssimo Senhor, por toda a corte celestial e também por este vosso pobrezinho, os que por seu mau exemplo confundem e destroem o que por santos irmãos desta Ordem edificastes outrora e de edificar não cessais! ” Onde estão os que se proclamam felizes com sua bênção e se gabam de ter gozado à vontade de sua familiaridade? Se, o que Deus não permita, se descobrir que sem penitência mostraram-se para os outros em si as obras das trevas, aí deles, ai da condenação eterna! Dizia que “os melhores frades ficam confusos com as obras dos frades maus e, mesmo não tendo pecado, suportam o julgamento pelo exemplo dos perversos. Por isso me estão atravessando com uma cruel espada, que enterram o dia inteiro em meu coração”. Por essa razão, afastava-se o mais que podia da companhia dos frades, para não ter sua dor renovada por ouvir alguma coisa má contada a respeito de algum deles. E dizia: “Tempo virá em que a religião amada por Deus vai ter má fama por causa dos maus exemplos, e terá vergonha de sair em público. Mas os que entrarem na Ordem nesse tempo serão trazidos unicamente pela ação do Espírito Santo, sem mácula da carne e do sangue, e serão verdadeiramente abençoados pelo Senhor. Neles, ainda que não haja obras meritórias, por resfriamento da caridade terão tentações imensas, e os que forem aprovados nesse tempo serão melhores que seus predecessores. Ai daqueles, porém, que ficam contentes só com a aparência de um comportamento religioso, mas vão se corrompendo na ociosidade e não resistem constantemente às tentações que são permitidas para a provação dos escolhidos: porque só os que tiverem sido provados vão receber a coroa da vida. Por enquanto, estão sendo exercitados pela maldade dos réprobos”. Mas era consolado abundantemente pelas visitas de Deus, que lhe davam a segurança de que as bases de sua religião haveriam de permanecer sempre inabaláveis. Recebeu até a promessa de que novos escolhidos haveriam de substituir sempre, garantidamente, os que fossem perecendo. Numa ocasião em que estava sofrendo por causa dos maus exemplos e se apresentou perturbado na oração, interpelou-o o Senhor: “Por que te perturbas, homenzinho? Será que eu te coloquei como pastor de minha religião para desconheceres que o patrono principal sou eu? …

Para louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo Amém. (Continua na próxima edição – Programa Francisco Instrumento da Paz). Paz e Bem.

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