Variante ômicrom é altamente transmissível

No início do mês de fevereiro foram registrados quase 800 casos no município

Regiane Romão

Logo após as festas de final de ano, o número de pessoas infectadas com o vírus da Covid- 19 disparou. Em alguns municípios os casos já haviam zerado quando uma nova onda surgiu.

Em Bandeirantes no dia 01 de fevereiro foram registradas 762 pessoas com o vírus ativo, além disso, nove pacientes estavam na enfermaria e dois na UTI.

No último boletim divulgado, antes do fechamento da edição, os números já reduziram consideravelmente. Em 10 de fevereiro, 264 pessoas estavam infectadas, e quatro pacientes ocupavam a enfermaria.

Como estava previsto, de acordo com infectologistas, os casos começariam a reduzir após na segunda quinzena de fevereiro.

SINTOMAS DA ÔMICRON – Os sintomas mais comuns entre os infectados pela Ômicron são febre, coriza, dor de garganta e dor no corpo, nada semelhantes à perda de paladar, de olfato e tosse seca comuns às outras variantes.

Quando identificada, os pacientes relatavam cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e garganta, a maioria com quadros leves e quase metade não havia sido vacinada. Ainda em novembro a OMS incluiu a Ômicron na sua lista de variantes de preocupação, ou seja, com mais mutações, mais transmissíveis e com mais chances de causar doenças graves.

O fato dos sintomas serem semelhantes aos de uma gripe comum pode confundir e fazer com que as pessoas desistam de averiguar se é Covid-19 ou não. A OMS indica que no surgimento de alguns destes sintomas, o ideal é fazer um teste do tipo RT-PCR ou de antígeno para comprovar o diagnóstico.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO – Um estudo preliminar da Universidade de Nebraska publicado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC), ambos dos Estados Unidos, demonstrou que o tempo de incubação (período entre a infecção e o aparecimento dos sintomas) da Ômicron no organismo é de até três dias. Ou seja, a pessoa infectada pela Ômicron desenvolveria sintomas mais rapidamente do que na infecção por outras variantes.

“Considerando que o período médio de incubação do SARS-CoV-2 foi descrito como ≥ cinco dias, e mais próximo de quatro dias para a variante delta, o período médio de incubação observado neste cluster foi de aproximadamente três dias”, descreveu a publicação.  O estudo foi realizado com seis infectados pela Ômicron de uma mesma família, com idades entre 11 e 48 anos, apenas um completamente vacinado.

Já um estudo do Instituto Japonês de Doenças Infecciosas demonstrou que a carga viral da Ômicron atinge seu pico de três a seis dias após a infecção e tende a desaparecer dez dias após o início dos sintomas ou o diagnóstico.

O estudo preliminar mediu a carga viral de 83 amostras respiratórias de 21 infectados pela Ômicron, 19 vacinados e dois não vacinados, 17 destes com sintomas leves e quatro sem sintomas, em dias diferentes. A quantidade de RNA viral dos participantes do estudo caiu ao longo do tempo, com maior diminuição após 10 dias do início dos sintomas. 

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