Pessoas desse tipo podem ser encontradas em todos os lugares. Às vezes na nossa família, na vizinhança, entre os amigos. De qualquer forma, é preciso aprender a lidar com essas pessoas para não nos machucarmos e, se formos parte dessas pessoas tóxicas, saber reconhecer os sinais para não ferir os outros.
Há um conto que diz: um dia, um homem se aproximou do mestre iluminado e começou a dizer coisas rudes, xingar, mas ele permaneceu o tempo todo sorrindo gentilmente. Um outro, ao observá-los perguntou: “Mestre, por que o senhor não reage? Ele está te ofendendo!”. Após um tempo, diante da não reatividade do mestre, o homem se cansou e ficou quieto.
O mestre, virou para o homem que o tinha questionado e disse: “Amigo, você recebe visitas na
sua casa?”. Ele respondeu que sim e o mestre perguntou se ele servia algo para comer e beber às visitas. Ao afirmar positivo, o mestre perguntou: “Se você servir comida e bebida à visita e ela não aceitar, de quem continua sendo essas comidas e bebidas?”.
O homem respondeu: “Continuam pertencendo a mim”.
“A mesma coisa se dá com as ofensas. Se alguém tenta te ofender e você não aceita, aquelas palavras rudes continuam pertencendo a ele”.
Quantas vezes na vida as pessoas se deparam com outras que dirigem palavras ásperas, xingamentos? E vamos ser sinceros, na maioria das vezes, ficamos chateados. Nos sentimos ofendidos, ficamos bravos (para não dizer outra palavra que seria censurada!). É como se a pessoa estivesse nos dando um monte de barro: se eu pegar, vai sujar as minhas mãos. Se eu não pegar, vai continuar apenas sujando as mãos da pessoa. Cabe a mim aceitar ou não. Se não é algo bom, eu não preciso pegar para mim.
Pode ser que a pessoa esteja brava porque realmente fizemos algo que a desagradou. Neste caso, a comunicação é importante para saber porque ela está agindo daquela forma e o que nós podemos fazer para resolver a questão. Mas talvez, não naquele momento. Por outro lado, pode ser que o problema não seja conosco e a pessoa apenas despejou toda a fúria nós.
De qualquer forma, a não reação impede que os ânimos se inflamem ainda mais. Reagir, seria como jogar gasolina no fogo. E se não tem nada a ver conosco, não há porque nos sentirmos ofendidos.
É fácil fazer isso? Não! Mas é possível. É uma habilidade que podemos treinar e desenvolver. Da próxima vez que algo assim acontecer, podemos nos fazer as seguintes perguntas: “Fiz algo para essa pessoa que a deixou assim?”. Se a reposta for afirmativa, podemos nos desculpar sinceramente. Se não fizemos nada, seria interessante nos colocarmos no lugar da pessoa e imaginar o que poderia ter acontecido para que ela estivesse tão cheia de ressentimento e raiva.
Vale lembrar que se mantivermos um estado elevado de paz, tranquilidade, equilíbrio, dificilmente algo assim vai acontecer, porque nosso campo energético vai atrair pessoas com o mesmo tipo de vibração. Mas pode acontecer de, mesmo estando em estado elevado de vibração, alguém em baixo estado vibracional ser atraído para o nosso campo energético?
Talvez essa pessoa precise de algo que temos a oferecer: amor fraterno, compaixão, gentileza.
‘Mariposas são atraídas pela luz’.
Cristie Ochiai
Apresentadora do Programa de TV na Web ConVida, Terapeuta em Constelações Familiares, Hipnose e Thetahealing