‘Brincadeira’ que se tornou viral na internet pode causar traumatismo craniano e levar à morte

Conscientização

Uma nova ‘brincadeira’ (que não tem nada de divertido) disseminada principalmente nas escolas, chamada de ‘quebra-crânios’, está causando muita preocupação entre pais, professores e profissionais de saúde, acendendo, em todo o país,  um importante alerta sobre a necessidade de debater a alteridade nestes espaços de socialização. Nela, três pessoas ficam lado a lado. Enquanto a do meio pula, as outras duas aplicam uma rasteira, causando sua queda. Esta atividade cruel já levou a morte de uma adolescente e já feriu seriamente muitas outras crianças e adolescentes. Há casos disseminados na internet em que a tal brincadeira de mal gosto é aplicada até com adultos e idosos.

Pensando em fazer um alerta sobre estes ‘desafios de internet’, o Colégio ECEL de Bandeirantes e de Uraí, estão trabalhando em sala de aula estes debates, promovendo e convidando os alunos a se sensibilizarem quanto ao tema, não permitindo tais ações. Em Uraí, além do trabalho de orientação dos professores e direção, um grupo de alunos gravou um vídeo, em alerta aos colegas.

No Colégio ECEL de Bandeirantes, os estudantes também ergueram a bandeira do combate a esta ‘brincadeira’ de mau gosto e que pode provocar sérios danos. Alunos do Fundamental II gravaram um vídeo para estimular as pessoas a negarem o desafio e valorizarem a vida e as amizades. Eles, inclusive, apresentaram suas manifestações sobre o tema para grupos de alunos de outras turmas. No Ensino Médio, além do debate em sala de aula, os alunos também fizeram questão de dizer NÃO ao quebra-crânio.

DICAS PARA PREVENÇÃO – Para a psicopedagoga e diretora geral do Colégio, professora Joelma Almeida, esta ampliação de conscientização é positiva e possibilita disseminar mais facilmente os males causados por tais práticas. “Muitos destes jovens que praticam estas ações querem ter uma sensação de euforia ou de pertencimento em um determinado grupo. Mas este é um caminho muito perigoso. Infelizmente, muitos casos terminam em morte ou sequelas graves. Por isso a escola precisa alertar e orientar. Estamos fazendo isso”, destaca.

Nesta ótica de orientação, a diretora proprietária da instituição, professora Suely Aparecida Guerra Dias, enalteceu que é fundamental que a escola aborde esse tema, mostrando que quem ganha o desafio é quem fica de fora destas práticas. Mas ela alertou, também, que este não é o único desafio de internet que se materializa em ações de violência. Há outros que já estão sendo disseminados pelas redes sociais e que também precisam ser combatidos. Por isso, a necessidade de trabalhar na escola temas como: empatia, alteridade, a importância de se colocar no lugar do outro.

A professora de Educação Física, Kelly Angelina Dedoné, especialista em Educação Física Escolar e em Educação Especial e Treinamento Desportivo, trouxe o tema para o debate com os alunos, assim que teve conhecimento. Ela relata que já há casos muitos sérios pelo país.  “A rasteira que a vítima sofre deixa toda a região da coluna exposta e podem ocorrer lesões na coluna e na medula, causar paraplegia e tetraplegia, e até levar à morte, como já aconteceu. Então, a orientação dos nossos Diretores e Coordenadores aqui no Colégio ECEL, é que estejamos focados na conscientização, no debate e prevenção”, conclui. (Da assessoria).

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