José (Bepe) Sossoloto e a esposa Rachel Marquezane (foto cedida pela neta Aparecida Schimith)

Os Pioneiros, por ramo de atividade no povoado (De 1931 a 1950)

Vigésima Parte

*Walter de Oliveira

Em artigo anterior informamos aos nossos leitores, que erros, reparações e revisões nesses relatos sobre pioneiros, nós os corrigiríamos na produção do nosso livro de resgate histórico. Acontece, todavia, que em nosso último artigo (15/06), na sua letra “a)”, listamos equivocadamente o nome de Álvaro do Nascimento, quando o nome correto é Alvino do Nascimento, do qual sabemos apenas que foi casado com dona Cacilda Bermudes e que o único filho do casal foi José Dimas.

Feita a necessária correção, retornamos à listagem desses pioneiros da construção, quando vamos encontrar na letra “d)” o pioneiro Benedito José de Andrade, cuja história de vida o fez patrono de uma das ruas da nossa Vila Maria. Desse pioneiro, sabemos que foi o seu modo de viver, que a Câmara Municipal de Bandeirantes considerou para prestar-lhe essa homenagem. Afora isso, e não obstante os nossos esforços, nada mais temos a informar.

e) José Caetano. Desse pioneiro, o que conseguimos apurar é que foi casado com dona Maria Baptista da Cunha.

f) José Sossoloto. Também conhecido por Bepe Sossoloto, esse pioneiro foi quem mais casas construiu na Bandeirantes dos anos de 40/50. Casado com dona Rachel Marquezane, o casal teve os seguintes filhos: Catarina, Zulmira, Tereza, Júlia, Neusa e Anésio. Bepe Sossoloto figura dentre os patriarcas de maior descendência no município. Só de sua filha Neusa (a única ainda viva), ele foi avô de 18 netos, dentre os quais os comerciantes Claudomiro e Rubens Schimith.

g) José Ferreira Lima. Mais conhecido por José Lima (e como tal chamado no livro de Medina), esse pioneiro aqui chegou – procedente do estado do Piauí – no início da década de 40. Um profissional considerado para além do seu tempo, José Lima era tido como um mestre entre seus colegas de profissão. Além das muitas moradias que construiu na cidade, um sem número de outras ele construiu nas diversas colônias de moradores da Usina Bandeirante. Além disso, Lima foi o responsável por todo o madeiramento das construções que abrigavam todo o maquinário daquela indústria, assim como dos armazéns que guardavam o açúcar produzido. José Lima foi casado com dona Maria Lima e o casal teve os filhos Oleni, Élcio, Eulália, Maria José, Regina e José Paulo.

h) Octávio e José Martins de Oliveira. Desses dois irmãos e pioneiros, a exemplo de outros tantos, nada mais conseguimos descobrir além dos seus nomes.

i) Quintilhano Diniz de Souza. Conhecido e chamado apenas por Quinto, esse pioneiro era filho de Virgilino Pinto de Souza. Esse nome mencionamos excepcionalmente por ter sido esse cidadão o agrimensor que subdividiu os latifúndios que compunham a base territorial do município. Quintilhano foi casado com dona Maria Garcia da Silva e o casal, ao que se sabe, teve apenas a filha Eunice. Também Quinto, a exemplo de seu colega de profissão, Antônio Lopes de Carvalho, foi atraído pela fama da então nascente cidade de Maringá, para onde mudou-se, construiu muitas casas e encerrou seus dias de vida.

j) Valentim Sesso. Um pioneiro omitido no livro de Solano Medina, esse foi um outro grande destaque no ramo da carpintaria. Outro detalhe sobre esse pioneiro era a sua grande capacidade para construir botes e canoas. Feitas de tábuas de timburí (madeira de textura próxima à do cedro), essas pequenas embarcações com a “assinatura” de Valentim Sesso eram as melhores e por isso, as preferidas por quem delas precisasse. Como a maioria de seus colegas de profissão, a primeira casa por ele feita foi a sua própria, em cujo terreno ainda nos dias de hoje residem familiares seus. Valentim Sesso foi casado com dona Maria Itália Romanini e o casal teve os filhos Valdemar, Dorival, Mauro, Cecília e Eunice.

Encerrando o rol dos pioneiros da carpintaria, vamos agora à listagem dos pioneiros no setor de construção em alvenaria. Vamos encontrar na letra “a)” os irmãos Antônio e Luiz Otênio, que deixando, no início dos anos 40, a lida de colonos nas fazendas Sampaio e Vera Cruz, vieram tentar a sorte na cidade. Já com alguma experiência no ramo, os irmãos Otênio tão bem se houveram na nova profissão, que o recém-chegado piracicabano Luiz Meneghel já os contratou como construtores exclusivos da sua usina ainda em fase de instalação. De forma que todos os edifícios daquela indústria têm as marcas e o suor desses dois pioneiros. Antônio Otênio foi casado com dona Maria Luiza Otênio e tiveram os filhos Moacyr e José Luiz. Já o seu irmão Luiz Otênio foi casado com dona Maria Antônia Storer Otênio e o casal teve os filhos José Carlos, Célia, Izabel e Vicente.

Guido Biaggi e a esposa dona Nair Marques Biaggi (foto cedida pelo filho Luiz Fernando)

b) Antônio, Guido e Mário Biaggi. Esses três irmãos, pioneiros no ramo da construção, muito fizeram nesse setor, na Bandeirantes da década de 40. Trabalhando cada um deles autonomamente, os três eram igualmente procurados por interessados em construir suas casas. Os três irmãos Biaggi fizeram história na nossa construção civil. Antônio Biaggi foi casado em duas núpcias. A primeira com dona Brasilina Barbosa, com quem teve os filhos Moacyr, Irene e Joacir, e a segunda com dona Alcina, com quem teve o filho Luiz, conhecido por Luiz da Pan. Guido Biaggi foi casado com dona Nair Marques Biaggi e o casal teve os filhos Vilma, Dino, Paulo, Luiz Fernando, Guido Sérgio, Carlos Tadeu e Maria do Rocio. O terceiro irmão, Mário Biaggi, foi casado com dona Orízia Pavão Biaggi e o casal teve as filhas Cidileine e Marilene.

(continua…)

* Walter de Oliveira, 89, articulista desta Folha, é bandeirantense, nascido em 1932

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui