Dona Áurea Von der Osten, esposa do pioneiro Aldivar Von der Osten (foto retirada do Grupo Bandeirantes - Pr, no Facebook)

Os Pioneiros, por ramo de atividade no povoado (De 1930 A 1950)

Vigésima Oitava Parte

*Walter de Oliveira

Ao iniciarmos os nossos fragmentos de hoje, o fazemos com agradecimentos aos nossos leitores que, para além da honra que nos dão por sua gentil atenção, têm-nos prestado valiosíssimas ajudas, quer complementando informações de que não dispomos, quer pelo fornecimento de fotos, algumas já usadas nas ilustrações dessas publicações e outras, que ilustrarão registros do nosso livro.

Voltamos agora à listagem dos nossos pioneiros (anos 1930/1950), quando tratamos daqueles que se ocupavam da contabilidade das empresas, comerciantes e indústrias de então, os chamados “guarda-livros”. Vamos encontrar na letra k) o pioneiro Mauro Andrade Alcântara, o qual citamos por sabermos haver ele sucedido o pioneiro Osvaldo Salles Cunha na contabilidade da Fazenda Vera Cruz. Desse pioneiro ficamos apenas no registro do seu nome, por terem sido infrutíferos os nossos esforços na busca de outras referências sobre o mesmo.

l) Amazonas da Silva César. O terceiro que conhecemos à frente do escritório da Fazenda Vera Cruz, esse pioneiro foi da época em que aquela fazenda já era propriedade do cafeicultor Carlos Ribeiro da Silva, que a adquiriu por compra a Jorge Pacheco Chaves. O pioneiro Amazonas da Silva César foi casado com dona Carmem Nogueira César e o casal teve os seguintes filhos: Luiz Carlos e José Roberto. As informações a respeito desse pioneiro as obtivemos por gentileza de dona Celina Faria dos Santos, esposa do ex-vice-prefeito Nelson Santos.

Pioneiro Odair Von der Osten e sua esposa, dona Lúcia (foto cedida pelo filho Júlio César)

m) Aldivar Von der Osten e n) Odair Von der Osten. Irmãos, esses pioneiros eram filhos de Roberto Von der Osten, primeiro coletor federal de nossa cidade e sobre o qual falaremos em capítulo próprio destes fragmentos. O escritório desses pioneiros ficava na Avenida Bandeirantes, onde depois foi construída a casa de Paulo Kojó. A exemplo do escritório dos pioneiros Cyríaco Russo, Maria Aparecida Russo Vasco e José Paschoa, o escritório dos pioneiros Von der Osten foi a “escola” de contabilistas como os irmãos Lino, Flávio e Antônio Carlos Martins e outros, ainda em atividade na cidade. O pioneiro Aldivar Von der Osten foi casado com a professora Áurea Brasil Von der Osten e o casal teve os filhos Roberto, Aldivar, Luiz, Maria Lúcia e Áurea. O pioneiro Odair Von der Osten foi casado com a professora Lúcia Esteves Von der Osten e o casal teve os seguintes filhos: Victor Hugo, Júlio César, Eduardo Henrique, João Alfredo, Odair, Carlos, Gracilda e Ana Paula.

Encerrada, por ora, a listagem dos donos de escritório de contabilidade, listaremos agora – e seguindo a ordem do livro de Solano Medina – os pioneiros no ramo de “comercialização de aves”, aí compreendidos os pioneiros que compravam e vendiam aves (galinhas e frangos), cabritos e leitoas. Para exercerem tal atividade, esses pioneiros dispunham de uma pequena carroça (chamada carrinho de molas), geralmente puxada por dois animais. Afora isso, eles tinham cada um o seu depósito (“galinheiro”), geralmente construído nas proximidades da própria casa, uma vez que os víveres que ali eram colocados, dependiam de água e alimento, enquanto aguardavam o embarque em caminhões para outros centros consumidores. Essa atividade exigia que esses pioneiros saíssem ainda no alvorecer, rumo às propriedades agrícolas do município, onde eles iam casa por casa, quer dos donos das fazendas ou sítios, quer dos seus colonos e empregados, que eram os produtores da sua “matéria prima”. À tarde (ou as vezes à noite), de volta à casa, eles descarregavam os engradados contendo as aves e/ou pequenos animais, que eram transferidos para os “galinheiros”, onde permaneciam geralmente pelo prazo de uma semana, que era o tempo estimado para completar uma “carga”, ou seja, um caminhão, cuja capacidade de transporte à época, era de seis mil quilos. Aí, novamente “engaiolados” esses víveres seguiam para São Paulo e outros grandes centros urbanos, onde eram consumidos. Hoje substituída pelas granjas, essa atividade dos nossos pioneiros era uma boa (embora bem trabalhosa) forma de ganhar dinheiro, incluindo aí os produtores, eles, pioneiros, freteiros e os revendedores de grandes centros. E também era de grande vantagem para os consumidores, os quais, graças a ela, dispunham para o seu consumo, de produtos de boa qualidade, como ainda são os ovos, frangos e porcos “caipiras”.

Ocupavam-se dessa atividade, a) Albertino Alves de Souza, que foi casado com Julieta Freitas de Souza (que era irmã do nosso cunhado João de Freitas Bueno) e o casal teve os seguintes filhos: Jonas, Edith, Dirce, Jeremias, Ivone, Daniel e Samuel.

b) Juvenal Pires Barbosa. Deste pioneiro, o que podemos informar é que ele foi casado com dona Vitória Pires Barbosa e o casal teve os filhos Helena, Maria, Gina, Pedro, Maria Aparecida e José. Para melhor identificar esse pioneiro, informamos ainda que a sua filha Maria, foi casada com Natal Serra, que foi mais conhecido por Nenê Serra e era administrador da Fazenda Santa Izabel, de Mauro Mesquita.

c) Manoel de Andrade e d) Severino Vicente Bezerra. Do primeiro, por ora, os nossos fragmentos registram apenas o seu nome, posto que nada mais conseguimos a seu respeito. Do segundo, informa-nos o Cartório de Registro Civil da cidade, que ele foi casado com dona Maria Oliveira Bezerra e que o casal teve a filha Rosalina.

(continua…)

* Walter de Oliveira, 89, articulista desta Folha, é bandeirantense, nascido em 1932

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