Artigo

Já teci reflexões, em edições anteriores, na direção de expor um dos princípios mais importantes deste novo campo do registro do tempo: a História Pública. Trata-se da função da circularidade que pressupõe democratização, socialização, ampliação de espaços e acessos para que sujeitos sociais não apenas possam consumir as informações da história, como, também, possam elencar leituras críticas que sustentem percepções da narrativa do tempo ou teorizem novas percepções realocando possibilidades.

A História Pública, como eu disse em edições anteriores, têm muitas moradas. O museu, a imprensa, os patrimônios históricos e culturais presentes em uma comunidade (que apresentam representações sociais), os documentos, fotografias, artes, entre outros. Todos articulam poderosas narrativas que são aportadas não apenas nos fatos, mas, também, em uma espécie de hermenêutica do tempo: a subjetividade humana. Este aspecto referencial é bastante importante, quando atrelado à representação social dos que construíram e teceram a discursividade que se prospecta à consolidação memorial.

Neste sentido, o papel dos meios de comunicação de massa (Jornal, Rádio, Televisão, Internet) também é um foco caro para o campo da História Pública. Afinal de contas, eles dão conta, de publicizar processos do tempo, em notícias, artigos, editoriais, críticas. As várias ferramentas da comunicação de massa articulam processos que nos levam a pensar de que forma a comunicação do tempo está sendo disseminada e engajada com a história do tempo presente. Este é um campo que requer estudos, e que tenho em minhas pesquisas, buscado respostas. É preciso considerar, nesta interseção, a consciência histórica dos que produzem história, quando narram os fatos apresentando novas tessituras e pavimentos para esta circularidade que irá formar novas consciências.

Portanto, a convergência da História Pública com a Imprensa (e as comunicações) é uma estrada para novos olhares científicos, bastante instigantes. Obrigado pela atenção. Até a próxima!

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