O juiz dr. Alarico Francisco explicou durante reunião na Câmara de Vereadores em Jacarezinho que a construção de um CDR iria proporcionar a abertura de aproximadamente 750 vagas no sistema prisional. “Seriam presos da microrregião que seriam transferidos, abrangendo até as cidades de Bandeirantes, Siqueira Campos e Ibaiti”, complementa.

A reunião ordinária da Câmara Municipal de Jacarezinho para debater sobre a construção de um CDR (Centro de Detenção e Ressocialização) no município durou mais de duas horas na última segunda-feira, 25. Estiveram presentes representantes dos três Poderes constituídos (Legislativo, Executivo e Judiciário).

Debate envolveu poderes do Legislativo, Executivo e Judiciário, como também população

O juiz criminal Renato Garcia explicou que atualmente na delegacia de polícia, na área central do município, estão 119 presos (até a noite de segunda-feira) num espaço para 40 detentos.  Um dado alarmante que ele destacou é que seriam necessárias mais de 2.500 vagas no Sistema Prisional para comportar todos as pessoas com sentenças somente do Norte Pioneiro. “Com a construção do CDR, o prédio que atualmente está a Delegacia na área central seria desativado e poderia ter uma outra finalidade para o Poder Público”, explica o juiz Renato Garcia.

Segundo o juiz Alarico Francisco Rodrigues de Oliveira Junior, o local que deverá ser construído o Centro de Detenção e Ressocialização deverá ter no mínimo 2 alqueires, com rede de esgoto próxima e alguns pontos técnicos para a segurança”, comenta.

Outro ponto alertado pelo representante do Poder Judiciário é que a construção iria gerar um investimento de aproximadamente R$ 27 milhões na área na construção (com materiais e mão de obra) e seriam abertas aproximadamente 300 vagas de empregos diretas através de Concurso Público. “Seriam centenas de famílias de funcionários que iriam alugar casas ou construir na cidade, utilizar farmácias, supermercados, entre outros pontos do comércio que iriam girar na economia local”, enfatiza.

VEREADORES – Os vereadores do município de Jacarezinho (Fúlvio Boberg, Luiz Carlos do Nascimento, Sidnei Francisquinho, Nilton Stein, Diogo Augusto Biato Filho, Patrícia Martoni, José Izaías Gomes, Edílson da Luz e André de Sousa Melo) acompanharam as explicações.

Entre os questionamentos dos membros do Poder Legislativo estiveram sobre vários aspectos na parte econômica, segurança e social. O vereador Nilton Stein ressaltou sobre a situação do custo de um preso atualmente comparado ao de um aluno dentro da sala de aula.

Para o vereador Edílson da Luz a iniciativa é importante e precisa de debate amplo. “Uma grande preocupação que a população sempre questiona é sobre de onde seriam esses presos que iriam estar em nossa cidade e suas famílias”, questiona.

O juiz dr. Alarico Francisco explicou que a construção de um CDR iria proporcionar a abertura de aproximadamente 750 vagas no sistema prisional. “Seriam presos da microrregião que seriam transferidos, abrangendo até as cidades de Bandeirantes, Siqueira Campos e Ibaiti”, complementa.

O presidente da Câmara Municipal Fúlvio Boberg lembrou que no ano de 2013 os vereadores realizaram uma visita até o município de Cruzeiro do Oeste. “Lá também aconteceu a construção de um CDR. Estivemos na unidade prisional conversamos com moradores, comerciantes e lideranças. Eles foram positivos com o aumento da segurança e também o giro no comércio local”, analisa.

POPULAÇÃO – Moradores da cidade também estiveram presentes para ouvir sobre a proposta da construção do Centro de Detenção e Ressocialização no município de Jacarezinho. Para o empresário Paulão Paraná a medida é extremamente importante. “Conheço as cidades de Avaré e Bernardino de Campos. E elas são extremamente seguras”, argumenta.

A empresária Carla Doriana também destacou que aprova a ideia da construção do CDR. “Além da segurança que foi amplamente falada que irá aumentar. Também temos que pensar que nossa cidade está há anos sem a abertura de um local com tantas vagas de emprego. Isso irá aumentar o giro no comércio de nossa cidade também”, complementa.

LOCAL – O local que poderia ser indicado para a vistoria do Departamento Prisional ainda é o ponto mais debatido. O juiz Dr. Alarico Francisco lembrou que ainda não está definido, mas já existiu a possibilidade de um terreno que seria vendido pela Mitra Diocesana próximo ao bairro de Marques dos Reis. “É uma possibilidade. Mas, precisamos entender que se a construção acontecer neste local. As pessoas que forem trabalhar no CDR irão estar a 4 km da cidade de Ourinhos e 20 km de Jacarezinho. Com isto, eles irão morar lá, adquirir seus produtos lá e também investir seu dinheiro na cidade paulista e não em Jacarezinho”, argumenta.

Durante a reunião ordinária foi sugerida a criação de uma Comissão para acompanhar sobre o projeto com a participação de representantes dos três Poderes, comunidade e interessados. Também participaram da reunião o prefeito Sérgio Eduardo de Faria, o Bispo Diocesano Dom Antônio Braz, o Presidente da Subseção da OAB Dirceu Rosa e Juiz Federal Doutor Rogério Cangussu. (Marcos Junior/Jacarezinho).

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