Os funcionários que fazem a limpeza na Câmara não estariam recebendo vale transporte e tiveram o ticket alimentação reduzido pela empresa terceirizada
Por Regiane Romão
O deputado federal Boca Aberta usou o plenário para fazer mais uma denúncia. Ele obteve informações de que a empresa que terceiriza a contratação dos funcionários que trabalham na parte da limpeza da Câmara dos Deputados não estaria repassando para os colaboradores o vale transporte. Indignado com esse possível ‘calote’, o deputado Boca Aberta usou três minutos que lhe foi concedido no plenário para cobrar explicações.
Segundo parlamentar “é inadmissível que a empresa não repasse o vale transporte, queremos também uma explicação do grupo RCS sobre a redução do ticket alimentação”, disse. De acordo com o que foi exposto por Boca Aberta, houve redução considerável do ticket alimentação, que baixou de R$ 754 para pouco mais de R$ 500. Boca Aberta ainda pediu para que os outros deputados também cobrem explicações e disse que se nada for resolvido ele fará uma denúncia no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
“Não podemos admitir que os trabalhadores que limpam todos os dias o que nós sujamos sejam lesados dessa forma. Esses homens e mulheres que trabalham aqui todos os dias tem que receber o que lhes é garantido por lei”.
VALE TRANSPORTE – O vale transporte é um benefício concedido ao trabalhador e está previsto em lei:
Art. 1º – Fica instituído o vale-transporte, que o empregador, pessoa física ou jurídica, antecipará ao empregado para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, através do sistema de transporte coletivo público, urbano ou intermunicipal e/ou interestadual com características semelhantes aos urbanos, geridos diretamente ou mediante concessão ou permissão de linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente, excluídos os serviços seletivos e os especiais.
Já o ticket alimentação não é obrigatório e fica critério da empresa se vai fornecer ou não aos seus colaboradores.