Vacinação é essencial para o controle de casos mais graves da doença

População deve se prevenir tomando as doses de imunização, pois a cobertura vacinal contra a Covid-19 colabora para que a circulação da nova variante não resulte no agravamento da doença na maioria dos casos

Regiane Romão e assessoria

Há quase dois meses a nova variante da Covid-19, a Ômicron foi detectada pela primeira vez na África do Sul, e de lá para cá, a infecção se tornou predominante no mundo. Exemplo disso é a média móvel de casos positivados no Brasil, que teve um aumento de 600%. Alguns especialistas afirmam que a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro serão o pico da doença no país, a partir daí a diminuição deverá acontecer, caso as medidas de segurança, como o uso de máscara, evitar aglomerações e o uso de álcool 70°, seja mantido.

De acordo com a Secretaria de Estado do Paraná (Sesa), o 6º Relatório de circulação de linhagens do vírus Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19, do Instituto Carlos Chagas/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Paraná, confirmou a predominância da variante Ômicron no Estado. O documento foi recebido pela Sesa no sábado (15) passado. A análise considera 178 amostras coletadas entre 27 de dezembro e 2 de janeiro nas quatro macrorregiões, em parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). 91 (51,1%) foram confirmadas para a variante Ômicron e 87 (48,9%) para a Delta. 

As cepas são consideradas como ‘variantes de preocupação – VOC pela Organização Mundial da Saúde. As VOC são aquelas que têm evidências de induzir casos mais graves e aumentar a transmissibilidade da doença. No último dia 12, a Sesa havia confirmado a circulação da variante Ômicron com um caso confirmado em Curitiba após sequenciamento genômico da Fiocruz do Rio de Janeiro.

De acordo com o secretário de Saúde, Beto Preto, os casos identificados pela Fiocruz Paraná neste relatório serão inseridos no monitoramento oficial do Estado nos próximos dias, após investigação epidemiológica para identificação do perfil dos casos, municípios de residência dos infectados e evolução dos casos. Agora, o Paraná possui 92 casos confirmados da variante Ômicron, sem óbitos registrados.

BOLETIM COVID – A situação do aumento de casos de pessoas com Covid-19 é evidente nos registros oficiais divulgados diariamente pelas secretarias municipais de saúde. Cidades como Bandeirantes que no final de dezembro havia zerado o número de casos ativos, hoje registra 246 casos, com duas pessoas internadas na UTI e 127 suspeitos.

Já em Santo Antônio da Platina, o município é o que mais contabiliza infectados. Ao todo, 1.067 pessoas estão com o vírus ativos, duas estão internadas e 569 aguardam o resultado do exame. Cornélio Procópio que já sofreu muito com o aumento expressivo de casos na segunda onda da doença no país, atualmente soma 378 casos da doença, 470 suspeitos e dois internados. Siqueira Campos registra 315 casos, com duas pessoas internadas e 279 suspeitos.

Os dados são dos boletins oficiais divulgados até segunda-feira (17).

A campanha agora é para que as pessoas que ainda não tomaram as doses, busquem a unidade de saúde mais próxima para se imunizar, de maneira que as chances de a pessoa contrair a doença de forma branda são maiores.

A vacinação não impede da pessoa de contrair a doença, mas previne possíveis agravamentos do quadro infeccioso.

PRINCIPAIS SINTOMAS – Confira os 19 principais sintomas da Ômicron (dos mais comuns para os que menos aparecem) de acordo com o estudo: dor de cabeça; coriza; fadiga; espirros; dor de garganta; tosse; voz rouca; calafrios; febre; tontura; confusão mental; olfato alterado; dor nos olhos; dores musculares incomuns; perda de apetite; incapacidade de sentir cheiro; dor no peito; glândulas inchadas; desânimo.

Cuidados também são (um pouco) diferentes. Como foi dito, a nova cepa do Coronavírus não costuma atingir os pulmões dos pacientes e, por isso, os sintomas da Ômicron, geralmente, são menos graves. No entanto, conforme divulgação feita pela OMS, a variante é mortal e não deve ser tratada como leve. Além disso, ela também já demonstrou ser mais contagiosa do que o comum. Por isso, é fundamental adaptar os cuidados.

Além de realizar o teste e manter o isolamento adequado em caso de sintomas aparentes, também é necessário evitar aglomerações, manter a higienização em dia e utilizar máscaras mais resistentes. A recomendação é apostar nos modelos PFF2, por exemplo, que possuem uma melhor filtragem e vedam as saídas de ar com mais eficácia.

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