Tenho me provocado à reflexão sobre o quão importante é o ensino da História do Paraná, nas escolas do estado. Como historiador, jornalista, mestrando em História Pública (Unespar – PR) e doutorando em História (UPF – RS), me instiga o aprofundamento da historiografia (toda produção do conhecimento histórico) sobre o espaço-tempo e os fenômenos sociais, culturais, políticos e desafios enfrentados pelo nosso povo.
Preciso destacar, fundamentalmente, que esta reflexão desta edição também se pauta em razão dos estudos apresentados na disciplina História do Paraná, a qual ministrei por alguns anos no Ensino Médio do Colégio ECEL, de Bandeirantes. É um grande diferencial oportunizar uma análise com um conjunto de fundamentações teóricas específicas.
Ao pensar a História do Paraná, viajamos em diversos manifestos do tempo: o Paraná Tradicional, no século XVI, e as alterações espaciais à partir dos Tratados de Tordesilhas (e outros); as expedições e conquistas territoriais; os Caminhos e Tropeirismo (o desenvolvimento de comunidades); Os indígenas, seus troncos linguísticos,diversidade e perseguições sofridas em todas as regiões do Paraná; a Imigração e os intensos impactos (políticas imigratórias, as Colônias Oficiais e particulares, a Greve Operária de 1917); a escravidão no Paraná; as disputas pela região do Contestado (Paraná e Santa Catarina) – Revolta dos Posseiros -; o movimento Tenetista na Região Oeste; o Norte Pioneiro, Norte Novo e Norte Novíssimo; Os conflitos de terras; a Religiosidade, Identidade e Culturalidade; Os ciclos econômicos (Ouro, Pecuária/Tropeirismo, Mate, Madeira, Suinicultura, o Café, Cooperativismo; e outros); a Política.
Esses são apenas alguns dos fatos e fenômenos que nos direcionam à percepção de que o ensino da História do Paraná é necessário, estratégico, nas inserções de projetos e conteúdos na escola. Entender estas manifestações do passado ajudam a entender, também, a história do tempo presente e articular, com coerência e senso de justiça, prospecções para o futuro. O conhecimento é libertador.