Todo estudante recém-chegado aos cursos (independente de qual seja) tem a expectativa de uma boa recepção, festa e alegria por parte dos veteranos. Afinal, os acadêmicos mais experientes já foram calouros e sabem das dificuldades de adaptação num ambiente diferente e novo.

O famoso trote, ainda hoje, possui extremos casos de violência, agressão e humilhação. Mas em contrapartida também há os com fins solidários e sociais. Os dois paralelos aconteceram no campus de Bandeirantes, respectivamente, nos cursos de Medicina Veterinária e Engenharia Agronômica.

O chamado ritual de passagem dos estudantes de Veterinária e que deveria ser de boas-vindas, viralizou nas redes sociais com imagens de vídeos e fotos degradantes dos calouros, feitas pelos próprios acadêmicos. Se não bastasse a humilhação em público com palavras e atitudes, uma cabeça de porco foi usada como parte do trote. As cenas causaram comoção e indignação dos internautas. Inverso desta situação, o trote solidário realizado pelos calouros do curso de Agronomia angariou vários quilos de alimentos e que foram destinados a entidade de assistência social a crianças. A ação visa integrar os novos acadêmicos com a comunidade.

NOTA OFICIAL – Em nota oficial, a universidade se posicionou.

“A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) proíbe o trote violento e de natureza vexatória. A Instituição repudia os atos ocorridos em Bandeirantes com estudantes ingressantes. A Universidade informa que serão tomadas providências necessárias para apurar a responsabilidade dos envolvidos.

Na segunda-feira, 11, a Instituição realizou publicação nas redes sociais com a mensagem de que “Violência não é recepção”, alertando para a necessidade de dizer não às atitudes violentas, ofensivas e discriminatórias durante a recepção aos novos alunos da UENP.

Por outro lado, é importante destacar as ações realizadas por outros estudantes de cursos de graduação da Universidade com o “Trote Solidário”, que deverá arrecadar alimentos não perecíveis, brinquedos, roupas, material escolar, material de higiene, material de uso pessoal para idosos e ração para animais, dentre outros, para posteriormente serem doados a instituições de caridade ou Ongs dos municípios”.

Fátima Aparecida da Cruz Padoan

Reitora da UENP

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