Por que pessoas inteligentes procrastinam, acabam deixando para fazer as coisas na última hora? Por que pessoas brilhantes frequentemente se sabotam? E por que não importa quantas oportunidades temos ou novas habilidades que tentamos aprender, a maioria de nós simplesmente não consegue concretizar os sonhos? E por que, pessoas que não tem muitas oportunidades e recursos, nos surpreendem com conquistas incríveis? Temos como exemplo de Albert Einstein que abandonou a escola aos 15 anos e foi reprovado para Politécnica de Zurique.

Como seres humanos, nosso sistema nervoso é projetado para o conforto, enquanto a nossa essência é projetada para o crescimento e lidando com essa tensão dinâmica entre quão confortável a nossa zona de conforto é e o nosso potencial inato fora dessa zona de conforto que causa a frustração para a maioria das pessoas e as mantem numa corrida  sem fim, como os hamsters o fazem naquela roda dentro da gaiola.
Como nós podemos sair dessa roda? Primeiramente precisamos entender o que nos diferencia dos outros animais é uma parte do cérebro que se chama neocortex que opera em uma frequência de onda cerebral alfa ou beta.

Um dos desafios é que ele só começa a operar mais ou menos aos 7 anos de idade. Até essa idade, o cérebro das crianças opera em ondas theta. Por isso as crianças dormem tanto e vivem num mundo de fantasias, sem pensamento crítico. Isso também explica porque as crianças são tão impressionáveis. Quando operamos em theta, absorvemos tudo que nos é falado com muito mais facilidade, sem questionar se é bom ou ruim. É por isso também que aprendemos tantas coisas em tão curto espaço de tempo. Aprendemos a falar, comer sozinhos, andar, a fazer as necessidades no banheiro e por aí vai.
E por que isso influencia no fato de adiarmos o que precisamos fazer ou na autossabotagem? Vou dar um exemplo para ilustrar como isso nos influencia.
Vamos supor que hoje seja domingo e você tenha prometido ao seu filho de 4 anos  que o levaria ao shopping. A sua esposa está muito ocupada com o bebê que vocês acabaram de ter e não poderá acompanha-los. Você está de “cabeça cheia” preocupado porque a empresa para o qual você trabalha vai cortar alguns colaboradores, o limite do seu cartão de crédito estourou e você acabou de ter uma discussão com a sua esposa. Você chega ao shopping e os olhos do seu filho brilham quando vocês passam em frente a uma loja de brinquedos e ele vê um brinquedo, que é justamente daquele personagem de desenho que ele adora assistir no Youtube. E ele pede a você. Você diz que não. Ele insiste, pois ele não vive no mundo dos cartões de crédito e das contas a pagar. E você, tentando lidar com as suas preocupações e com a frustração de não poder comprar aquele brinquedo naquele momento, diz que não vai comprar porque seu filho não se comportou bem em casa, não merece porque foi um menino mau.
Você acha que isso o manterá quieto por um tempo enquanto você lida com as suas preocupações. Mas o que está acontecendo no momento com o seu filho é bastante significante. Seu filho não percebe as suas frustrações e preocupações. Tudo que ele ouve é que ele não é bom o suficiente, que ele não tem valor, que ele não merece ter o que ele quer.

Provavelmente ele vai passar grande parte da vida se comportando inconscientemente de forma a justificar porque ele está certo em se sabotar quando o sucesso está logo ali, batendo à porta dele. As crenças que ele tem sobre si mesmo são como softwares/programas rodando no cérebro dele. Então, quando ele vai conseguir algo, isso vai contra o programa que ele tem de que ele não é bom o suficiente, que ele não merece ter sucesso que ele almeja e acaba se sabotando.
Mas a notícia boa é que podemos reverter isso, acessando essas memórias que nos fizeram ter crenças que nos limitam. É o que a Hipnose faz: permite acessar esses programas que estão rodando no nosso subconsciente e que estão atrapalhando a nossa vida, e modifica-los. E, fiquem tranquilos, a técnica da Hipnose clínica não nos deixa inconscientes, ninguém vai pedir para imitarmos uma galinha ou qualquer outra coisa ridícula. Ficamos conscientes o tempo todo, acordados, sabendo exatamente o que está acontecendo e o que estamos fazendo.

Sabendo disso tudo, a pergunta que faço é: Você quer mudar? Permita-se.

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