Você já reparou que o tempo todo a sua cabeça está cheia de preocupações? Você se preocupa com isso, com aquilo, com o que as pessoas pensam sobre você, como o seu trabalho está indo e com aquele problema que você está carregando nas costas. Você se preocupa como que as pessoas podem pensar sobre você, o que elas teriam feito e o quão longe chegaram na vida. Você pensa que é muito jovem, ou muito velho, muito pobre, que ninguém te ama e não se importa com você.
Na verdade, quando estamos diante de um problema ou de uma decisão, por mais que você busque se aconselhar com pessoas mais experientes, no final a decisão é solitária. Você precisa tomá-la e arcar com as consequências. E por mais que um conselho vindo de outra pessoa pareça sábio, como você vai arcar com as consequências da decisão ou da resolução do problema é que faz toda a diferença. Então, para quê ficar se preocupando tanto com o que os outros pensam sobre você?
Aos olhos dos outros, os seus problemas parecem fáceis de serem resolvidos. Já pensou se nos reuníssemos em grupo, cada um apresentasse um problema pessoal, colocando num papel e como num amigo secreto, sorteássemos um problema para apresentar a solução?
Talvez fosse fácil achar a solução porque não estaríamos envolvidos emocionalmente. E então, o dono do problema teria que executar a solução proposta. Mas o que acontece a partir daí é que, às vezes, torna a decisão difícil de ser tomada porque muitas vezes envolve deixar coisas e pessoas para trás, mudar padrões, dispor de energia extra. E a maioria de nós não quer isso. Por mais que algo esteja ruim, é conhecido e isso nos oferece segurança porque aprendemos a lidar com aquilo, ainda que de forma totalmente disfuncional.
Então, quando algo se apresentar na nossa vida, um problema, uma preocupação, podemos fazer a seguinte pergunta: Se isso estivesse acontecendo com o meu melhor amigo, que conselho eu daria? O que eu faria no lugar dele? Como eu lidaria com as consequências desta decisão?
Acredito que esse tipo de reflexão nos tornaria menos carrascos de nós mesmos, menos auto exigentes e mais assertivos nas tomadas de decisões e resolução de problemas. E também, menos julgadores dos problemas alheios.
Lembre-se que cada um está lutando a sua própria batalha interna e o que parece fácil para nós resolver, pode ser algo muito difícil para o outro.
Aí entra o exercício da empatia, nossa habilidade de nos colocarmos no lugar do outro. E esse lugar pode ser muito difícil.