Projeto trabalha meio ambiente e empreendedorismo

Regiane Romão

A preservação do meio ambiente deve ser uma cultura embutida no ser humano desde a primeira infância. É de extrema importância incentivar crianças e adolescentes a preservação e cuidado com a natureza.

A reciclagem de materiais ajuda tanto na redução de lixo na natureza como também na produção de novos materiais, já que, não será preciso usar mais matéria prima, apenas reaproveitar o que já foi usado.

Em Bandeirantes, a professora Valéria Cristina de Oliveira Cardoso criou o projeto ‘Sementes do Amor’, que tem como objetivo a cada ano, substituir no mínimo 10% das sacolas plásticas por sacolas de tecido, através de parcerias com padarias, empresas, supermercados, hortifrutigranjeiros, etc.

Além disso, a interação dos alunos com o trabalho desenvolvido, a fim de criar uma postura empreendedora, ou ainda, a criação de negócios próprios. Mas não é só isso, quando a professora Valéria desenvolveu o projeto ela pretendeu: levar a reflexão e auto-observação dos alunos quanto ao comportamento em relação à natureza e rever as crenças sobre quem é o responsável pelo cuidado da mesma. Como ainda implantar uma nova consciência de trabalho dentro da escola, incentivando os alunos a entender o mercado de trabalho, assumindo uma postura empreendedora; e ainda buscar desenvolver competências de tomada de decisão, planejamento, superar obstáculos, ter iniciativa, assumir desafios e riscos,

verificar a qualidade do produto a ser vendido, planejar e estabelecer metas e formas atrativas para vender o produto.

De acordo com Valéria, o projeto visa também trabalhar com os alunos de forma que eles aprendam calcular custos e valores de venda; trabalhar em equipe; criar projetos sustentáveis; criar estratégias de marketing e de vendas; formar sujeitos autônomos; ser um consumidor do Século XXI, com responsabilidade ambiental. “Ou seja, fazer deste aluno um futuro cidadão que venha a contribuir diretamente para a diminuição do impacto ambiental, pois além de deixar de emitir carbono ao não utilizar mais sacolas plásticas convencionais, vai estar ajudando no plantio de árvores nativas da mata ciliar; reduzindo o consumo de embalagens dispensáveis; resgatando e inovando um projeto empreendedor”, mencionou.

O projeto, que é uma parceria com o SEBRAE, reuniu 60 crianças e teve início no começo da pandemia, quando a professora notou que os kits alimentação que eram distribuídos pela escola eram enviados em sacolas plásticas. A partir desse momento, a professora Valéria enviou ofício para algumas empresas, afim de conseguir uma colaboração para a fabricação de sacolas de tecido, que substituiriam as sacolas plásticas. E com o sucesso dessa iniciativa, as atividades de confecção das sacolas irão continuar até o final de 2021.

As crianças envolvidas, de acordo com Valéria Cristina de Oliveira Cardoso estão muito felizes em ajudar o meio ambiente e também por terem a oportunidade de ensinar as pessoas a cuidar da natureza.

RESGATE EMPREENDEDOR NA PRÁTICA – Em Bandeirantes, há alguns anos, havia um empreendedor que tirava fotos com um cavalinho, o senhor João Batista. Isso chamava muito a atenção das crianças, e, essa era a maneira que ele havia arrumado para ganhar seu sustento. Foi assim durante longos anos. Contudo, devido a tecnologia ele resolveu parar, pois atualmente o celular tomou espaço já que há vários aplicativos que criam fotos à maneira que cada um achar mais interessante. Porque isso interfere no projeto Sementes de Amor? Ao refletir sobre o trabalho deste senhor, a professora Valéria e os alunos resolveram reaproveitar a ideia do cavalinho e trabalhar o resgaste empreendedor. Isso mesmo. Levar o negócio aos domingos para a feira livre da cidade.
Em contato com a família do senhor João Batista, a professora Valéria solicitou empréstimo do objetivo decorativo, levou à feira, e ofereceram à população num preço bem acessível, assim como era feito há anos atrás. As crianças puderam novamente fazer as fotos no animalzinho.

Além disso, com ajuda dos pais e professores, os alunos confeccionaram alguns produtos para vender na feira livre como, bolachinhas de nata e de pinga, doce de leite, sacolas ecológicas, temperos naturais, brinquedos ecológicos, queijo e pão. 

“Foram feitos os cálculos dos custos e viram qual seriam os lucros conquistados pelas vendas. O trabalho foi realizado em equipe, por essa razão, todos deveriam contribuir com alguma atividade em que cada um mais se identificaria, na produção, vendas, compras, controle de produção, marketing de vendas, controle de caixa, etc. Agindo dessa forma, os alunos e também as famílias envolvidas, sabem o valor tanto da atividade, do trabalho, quanto da preservação da natureza, de reciclar os materiais que demoram anos e anos para se decompor”, concluiu a professora Valéria.

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